Sublime Amor

Que horas ela volta?

O domingo havia chegado, trazendo com ele a distância da Zoe de mim. Ela iria sair com o Matt e eu estava extremamente preocupado. Eu não faço a mínima idéia do que a estaria esperando mas eu não a deixaria só. Na verdade, eu jamais faria isso. Eu tenho uma enorme consideração por ela e cuidaria da própria com a minha própria vida.
Observo o meu jardim, disfarçando a imensa vontade que sinto de vê-la sair por aquela porta. O meu relógio marcava seis e meia da noite e eu estava apreensivo. As minhas mãos começam a suar e eu as coloco no bolso da minha calça. As estrelas estavam iluminando a noite e não estava fazendo frio.

Ouço o barulho da maçaneta e sinto o meu coração se acelerar em meu peito. Eu me viro e a vejo caminhar tranquilamente até mim. Um arrepio passou pelo meu corpo fazendo os meus pelos se levantarem.
Ela está simplesmente linda!
Estava usando um vestido até os pés da cor preta. Os seus cabelos estavam amarrados, com alguns fios soltos. Ela usava a base e uma sandália da cor de seu vestido. E nos lábios, ela usava um batom marrom que possuía um brilho indescritível.
Eu não faço a mínima idéia do que eu estou sentindo ao vê-la, mas isso era muito bom.

_Você está muito linda, Zoe.

_Você acha mesmo?

_Eu tenho certeza. - Ela sorri - Está levando o seu celular?

_Sim. - Morde os lábios - Eu estou um pouco nervosa.

_Eu imagino que esteja. Mas respira fundo e se acalme.

_Está bem. - Suspira

_E não hesite em me ligar a qualquer hora, se for necessário.

_Eu não irei hesitar. Obrigada Josh, você é um amigo excepcional.

Esse termo amigo realmente fez o meu coração doer.

_Eu espero que você se divirta muito essa noite.

Ela novamente suspira profundamente e dá um sorriso de alívio. A som da buzina soa no ambiente e eu vejo que o Matt acabou de chegar.

_Eu estou indo.

_Vá em frente. E divirta-se Zoe.

Ela acena para mim e começa a caminhar em direção à saída. Vejo o momento em que ela entra no carro e ele começa a dirigir, levando-a para longe de mim. Era domingo e eu não tinha absolutamente nada para fazer, portanto eu decido voltar a investigar a origem da Zoe. Pego o meu notebook e me sento no meu jardim. Entro no site de crianças desaparecidas e em qualquer caso à parte sobre violência domiciliar. Ela ainda não me contou de onde veio e o que verdadeiramente aconteceu com ela, mas às vezes ela dizia coisas que poderiam me ajudar.

Segundo a própria, ela teve a sua liberdade tirada desde cedo. Ela estava fugindo de algo ou alguém. Ela tem muitas cicatrizes no corpo e marcas de tortura. Será que ela esteve presa?
Ou vivia em um cativeiro, sendo obrigada a trabalhar?
Ela poderia ter sido sequestrada e mantida em cárcere privado...
E sabe-se lá o que essas pessoas cruéis poderiam tê-la feito passar. E só de imaginar a crueldade que provavelmente eles fizeram com ela, eu sentia o meu sangue correr mais rápido nas veias.

_Oi meu amor. - Desperto com a voz da Marina

_Oi. - Fecho o notebook

_O que estava fazendo?

_Estava procurando alguma informação em relação à Zoe.

_E encontrou?

_Não. E ela também não disse absolutamente nada.

_Você precisa tomar cuidado. E se ela for alguém perigosa?

_Eu tenho certeza que nem você acredita nisso.