Sublime Amor

Abismo de dor

A brisa refrescante atinge o meu rosto, fazendo-me encolher um pouco. Mas diferentemente das outras vezes, eu não sinto frio pois estou muito bem agasalhada com as roupas que comprei. Além de muito bonitas, as roupas eram capazes de me esquentar muito e esconder algumas cicatrizes. Observo com carinho a generosidade do Josh, mas logo as memórias do dia me vêem em mente. Eu havia feito os documentos, comprado as peças e até mesmo um celular. Eu gostei muito de conhecer um pouco da cidade mas a pior parte foi a companhia. Eu descobri que eu realmente estava certa, a namorada dele não era uma boa pessoa. Muito pelo contrário, ela era rude e preconceituosa. As suas palavras ásperas me faziam questionar se ela era apenas boa perto do Josh. É como se ela usasse uma máscara pra esconder sua maldade e ele sequer percebe, pois a ama.

"_Nós vamos fazer compras, mas eu vou especificar algumas coisas pra você.

_Sim senhora.

_Eu não quero que abra a boca um segundo sequer. Saiba que eu estou fazendo isso exclusivamente porquê o Josh me implorou. Ele sente muita pena de você e quer ajudá-la por encargo de consciência.

A minha única reação foi concordar em silêncio, e então ela prosseguiu com suas duras palavras.

_Em hipótese alguma ande ao meu lado. Você é apenas a empregada e já está sendo vergonhoso demais ser vista perto de você. Mas eu irei à um lugar onde ninguém da Joalheria Williams me verá. Estamos entendidas?

_Sim.

_Ótimo. Então vamos.

Entramos no seu carro e ela dirigiu até a cidade. Eu olhava admirada para cada edifício, porquê era realmente muito bonito. Nós compramos as roupas, fizemos os documentos e o celular. Por mais maldosa que seja a Marina, eu estava gostando do passeio. Eu finalmente estava conhecendo a cidade de manchester e fazendo compras necessárias. Mas eu perdi um pouquinho o sorriso ao vê-la comprar uma roupa intima. Era da cor vermelha e ela estava sorrindo ao analisá-la.

Rapidamente ela comprou a peça e mais algumas outras roupas.

_Eu vou até a sessão de maquiagem. É no último andar e infelizmente você não pode ir pelo elevador.

_Por que não?

_Por que ele não é destinado à você. Agora se apresse, são muitos degraus e eu quero as minhas compras lá em cima.

A porta do elevador se fecha, no momento em que ela sorri. Haviam muitas bolsas em minhas mãos e mais de trezentos degraus para subir. Suspiro profundamente e aperto as alças, subindo um por um. Estava bastante pesado e as minhas pernas estavam falhando, mas eu não parei. Eu já havia passado por coisas piores e não seria isso que me faria fraquejar. Quando alcanço o último degrau, a sua voz soa no ambiente.

_Por que demorou tanto?

_Eram mais de trezentos...

_Eu não quero ouvir as suas justificativas. - Me interrompe - Agora ande logo, eu preciso me arrumar para essa noite.

_O que terá essa noite, senhorita?

_Isso é não é da sua conta, sua intrometida.

_Desculpe-me.

Ela apenas caminha na minha frente e entra em uma loja cheia de maquiagem.
A moça rapidamente a atende e eu me sento, observando o tom vermelho em meus dedos, devido as bolsas.

_Isso serviria muito pra você. - Mostra-me um produto

_O que é isso?

_O nome disso é base. - Seguro - Serve para esconder as imperfeições do rosto.