Psychologue (Hailee/You)

Chapter (16)

Atualização.

Boa leitura.

🇫🇷

POV S/N.

Eu jamais imaginaria que eu teria um jantar com a minha namorada, a filha dela, o ex marido dela e a ex amante e agora namorada dele. Foi uma coisa um tanto estranha, porém foi ok.

Hailee e eu demos algumas risadas depois que a gente foi para o quarto dela.

Depois que eles foram embora, nós assistimos um filme com a Mich.

Já havia se passado alguns dias desde aquele dia. Foi um dia cheio de acontecimentos.

Quando eu pensei na primeira vez que eu diria para a Hailee que a amava, eu pensava que seria em um dia tranquilo e talvez até romântico.

Não imaginava que seria em um momento difícil pra ela, e que o dia ficaria mais difícil ainda.

No caso um pouco doloroso pra mim.

Agora eu estou aqui na sala da minha psicóloga tendo a minha sessão quinzenal.

– Essa situação com a Pietra fica cada vez mais difícil de engolir. Eu estou quase explodindo. – Eu estou em um limite que sinceramente nunca pensei que chegaria.

– Na última vez você falou que iria contar a verdade para a Pietra. Se passou dias e nada, o que realmente você está esperando, S/n? – A Doutora Lucia me perguntou.

– Coragem. O mundo dela vai virar de cabeça para baixo. Mais do que foi quando a gente se separou. – Eu olhei para o teto e fiquei mexendo os meus pés rapidamente. – Quando eu passei a noite na casa da minha namorada uns dias atrás, a gente encontrou a Pietra quando fomos buscar a Mich no colégio. Colégio esse que é o mesmo que a Pietra estuda. E ela viu a gente, chamou a gente de família perfeita. – Eu me sentei e olhei para a Doutora. Eu me consulto com ela há alguns anos. Mais do que eu gostaria. Infelizmente faz parte de ser Psicóloga. – Antes dela dizer isso, ela comentou que eu não cozinhava com ela para a Antonella, isso após ela ouvir eu dizer que faria isso com a Mich e para a Hailee.

– E você cozinhava?

– Sim. Certo que não era com tanta frequência como está sendo agora. Era mais porque a Antonella estava em casa mais do que eu, então naturalmente ela cozinhava mais do que eu. Mas em certos momentos eu cozinhava e a Pietra me ajudava. Era um café da manhã ou um jantar. Sempre que tinha uma data especial nós duas estávamos fazendo isso. – Os olhos dela me culpando me deixou desolada. – Eu tenho medo dela ter esquecido as coisas boas que a gente viveu.

– Você acha que isso aconteceu? – Depois de ontem era quase certo que sim.

– Sim. Já são seis anos longe, e quando aconteceu ela ainda era criança. Ela ficou marcada com a briga que viu. E pelas palavras ditas naquela noite, qualquer um acreditaria que eu era culpada. –  Eu estava há anos nesse ciclo vicioso de dizer as mesmas coisas. Eu sei disso. E é frustrante.

– S/n, você só vai sair dessa quando de fato dizer a verdade pra ela. E aparentemente, é só você que tem esse poder. Porque a Antonella não vai dizer. – Eu sei disso também.

– Mas é difícil, não sei como fazer isso. E tem também a possibilidade dela não acreditar e manter isso. A Hailee me aconselhou de fazer isso na frente da Antonella. Assim a Pietra veria que a Antonella está sem reação ou algo do tipo. – Essa certamente era a opção mais viável.

– E você não fez ainda porque não quer que a Antonella passe por isso assim, não é? – Eu ainda não consigo ser ruim assim com a Antonella.

– Eu sei que ela me fez mal, e sei também das coisas boas que ela já me fez, e isso é um impasse pra mim. Depois daquela briga antes de eu ir para Saint Tropez, eu queria muito ir lá e contar tudo. Mas eu não consegui. – Eu me levantei e fui até a janela.