Chapter (21)

1.4K 165 27
                                    

Atualização.

Boa leitura.

🇮🇹

POV Hailee.

Creio que não existe nada mais satisfatório no Mundo do que ver quem a gente ama feliz.

Os olhos da S/n estão tão brilhantes e iluminados com o fato de ter escutado a Pietra chamar ela de mãe. O sorriso bobo que ela estava dando também está me fazendo sorrir.

– Parece que é igual quando ela me chamou de mãe pela primeira vez. – Eu sei muito bem do que ela está falando. É uma sensação única. Quando eu ouvi a primeira vez me desarmou de uma forma que é inexplicável. – Como você se sentiu quando a Mich te chamou de mãe pela primeira vez?

Por uns segundos eu me desliguei da nossa conversa para pensar nesse momento.

Eu lembro que nós duas estávamos aqui em casa sozinhas. O Maurizio estava no trabalho. Eu estava com os pensamentos em um caso, mas tinha que ficar com a Mich porque estávamos sozinhas.

Era uns dos meus primeiros casos após a minha gravidez. Eu ainda estava em um dos escritórios dos meus pais. E eu precisava que o Maurizio chegasse logo para ficar com a Mich porque eu estava inquieta por está cuidando dela por tanto tempo e por ter deixado o meu trabalho em segundo plano naquele dia.

– Eu lembro que era um dia que só tinha ela e eu em casa. Maurizio estava trabalhando e eu tive que ficar sozinha por mais tempo que eu costumava ficar. Eu estava inquieta e nervosa pela demora dele. Ela tinha onze meses recém completados. – Eu desviei o meu da tela do computador, eu não iria conseguir olhar pra ela enquanto lembro desse momento. – Ela estava fazendo muito barulho. Sabe, batendo as peças dos brinquedos no chão. Estava me irritando. Eu juro que eu iria dá um grito para ela parar. Mas antes mesmo de eu fazer isso, ela simplesmente disse mama. E tudo naquele segundo mudou pra mim. Meu coração bateu mais rápido, eu senti vontade de chorar. E era um misto entre chorar de felicidade por ela ter dito mama, e de arrependimento por ter cogitado a possibilidade de gritar com ela por está fazendo o que as crianças fazem. – É a primeira vez que eu falo a verdade sobre esse momento.

Eu me sinto muito envergonhada por isso.

Quando eu digo que eu não era a melhor mãe, era nesse nível. Eu fui péssima e reconheço isso.

– Hailee... – Ela nem conseguiu dizer nada além do meu nome.

– É, eu sei que eu não mereço a filha que eu tenho. – Ela negou apressadamente.

– Ei. Nunca diga isso novamente. Agora que já se passaram anos e você não está mais sob a pressão que os seus pais e você mesma se colocava, você sabe que estava estressada com absolutamente tudo. Só não sabia exatamente o que era. Agora você sabe. E sabe também que infelizmente a maternidade não é tão romântica quanto parece. E tenha certeza, que muitas mães por aí, já teve essa vontade de gritar para o bebê calar a boca. Isso mesmo amando eles. Tem momentos que elas estão no limite. E você estava assim. – Os meus olhos embaçaram um pouco. Eu inclinei a minha cabeça para trás e respirei fundo. – Isso não faz você ou elas serem menos mães. Você reconhece que durante um tempo você deu prioridade ao seu trabalho. Mas percebeu a tempo de mudar o seu comportamento com ela. Então, não fique pensando nisso. E lembre-se que o que ela te falou te deixou feliz e foi em um momento perfeito para poder te deixar mais relaxada.

De fato ter ouvido ela falar mama, me fez relaxar aquele dia. Tanto que eu passei algumas horas brincando com ela e tentando fazer ela falar de novo, mesmo após o Maurizio ter chegado. A S/n está mais que certa.

– Foi a melhor coisa que eu pude ouvir na vida naquela época. Até aquele momento eu não me sentia muito uma mãe, sabe? Parecia que eu tinha um bebê que foi deixado pra eu cuidar, mas eu não tinha a noção do que era ser mãe ainda. Foi escutando aquela palavra pra mim, que eu conseguir compreender. Demorou uns dias para a ficha cair de fato. Mas aquilo foi como se uma chave virasse aqui dentro. – Eu falei e dei um suspiro de alívio.

Psychologue (Hailee/You)Onde histórias criam vida. Descubra agora