Psychologue (Hailee/You)

Chapter (19)

Atualização.

Boa leitura.

🇫🇷

POV S/N.

Já se passaram três dias desde que tudo aconteceu. Minha filha só levantava da cama pra ir tomar banho, de resto ela passava o dia todo deitada ou sentada para comer alguma coisa que eu levava pra ela.

Ela não dizia nada demais. Só "obrigada" e "não precisa fazer isso."

Eu juro que estou tentando respeitar o silêncio dela, não quero ser chata, mas está difícil ver isso por mais tempo.

Eu chegava aqui às oito horas da manhã e saía às vinte e três horas, que é quando ela está dormindo.

Eu via Antonella, que a cada dia está visivelmente pior que o dia anterior.

A Milena eu apenas ouvia as vezes a voz dela. Mas nada além disso.

Hailee e eu nos falamos sempre que ela tinha tempo. Eu passei novos pacientes para os outros psicólogos da clínica, e os meus, eu remarquei algumas sessões. Pelo menos tenho até o resto da semana para tentar fazer essa menina falar alguma coisa.

– Posso usar sua cozinha? – Eu queria fazer um almoço decente para a Pietra. Ao menos tentar fazer com que ela tenha uma refeição fora do quarto.

– Sinta-se em casa. – Antonella respondeu baixo.

Eu vou ficar calada e não vou dizer o que eu pensei. Evitar qualquer conflito agora, é a melhor opção.

– Vou ao mercado, volto em alguns minutos. Licença. – Eu não demorei muito e saí da casa dela.

Fui a pé mesmo para o mercado. Eu precisava de uns minutos de ar puro. Não demorei muito, comprei o essencial para fazer um almoço pra ela e o gelato que ela ama, ou amava.

– Eu nunca pensei que era você que eu encontraria aqui na porta. – Eu virei para trás e o Fabrízio estava lá. – Se não é assim, você não liga e nem manda mensagem, não é? – Eu coloquei as compras na escada e fui abraçar ele.

Eu não imaginava que sentia tanta falta assim do meu ex cunhado e melhor amigo.

– Estava tão ocupada com o trabalho, depois ficou tudo conturbado e eu acabei me isolando e esqueci que tenho um amigo. Mas também você sabe que eu jamais te ligaria apenas pra falar de problemas. – Ele sabe que eu não fiz de propósito.

– Tem seis anos mais ou menos que você se isola. Eu compreendo isso. – Ele deu um beijo no meu rosto e desfez o abraço. – Não é da minha conta, mas porque você está aqui? Você e minha irmã...

– Isso nunca. – Eu respondi antes mesmo dele concluí a frase. – Você não está aqui porque ela te ligou? – Ele negou e parecia confuso.

– Eu tenho um trabalho pra fazer aqui. E aproveitei para fazer uma surpresa para a minha irmã e sobrinha. Pensei em passar na sua casa mais tarde. – Acho que ele apareceu em um momento bom. Pelo menos para ser um apoio para a Antonella e também a Pietra. Ele é bom em melhorar o clima ruim. – Mas pra você estar aqui e com sacolas do supermercado, algo não está certo, sim? – Agora ele parece preocupado.

– Bom, vamos entrar. Você conversa com a sua irmã enquanto eu cozinho. – Acho que ela quem tem que dizer alguma coisa a ele.

Ele me ajudou com as sacolas e entramos.

– Ok, o que houve aqui? – Ele perguntou assim que viu a situação que a irmã dele se encontra no momento.

Ela não se parece nada com a mulher confiante e extremamente vaidosa que nós conhecemos. Ela está abatida e com as roupas largas e o cabelo estava em um coque completamente mal feito.