Chapter (22)

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Atualização.

Boa leitura.

🇫🇷

POV S/N.

Acho que ter passado o dia e a noite na casa da Letízia, fez bem para Pietra.

Nós duas estamos dentro do meu carro a caminho do restaurante para o almoço com o Fabrízio.

– A Hailee vai para a sua casa hoje? – Eu olhei rapidamente pra ela e depois voltei a minha atenção para o trânsito.

– Não. Ela iria, mas ela vai viajar. – Infelizmente. – E ela volta Sexta. Ela convidou nós duas para passar a noite lá já que a gente vai para o show sábado. Você já decidiu? – Eu parei o carro e olhei pra ela.

– Não sei, mãe. Não é legal eu ir para a casa dela sem ao menos pedir desculpas. – Isso é verdade, mas não tem o que fazer sobre isso já que ela não está em Milão.

– Você pode pedir desculpas quando a gente ver ela sexta. – Ela mordeu o lábio. Nitidamente está indecisa. – Vamos, filha. Vai ser a melhor oportunidade que você vai ter. E lembre-se que ainda vai ter o show da Billie no dia seguinte. – Ela respirou fundo e assentiu. Eu sorri.

– Tudo bem. Espero que ela me desculpe. Ela e a Michela. – Eu sei que as duas irão desculpar a Pietra. Mas ela só terá a confirmação quando isso acontecer.

– Elas irão. Elas sabem o contexto das coisas. – Pelo menos elas sabem que não foi algo apenas por birra. E se elas não perdoarem, é um direito delas.

– A senhora ama ela? – O tom da pergunta parecia apenas uma curiosidade comum. Eu assenti.

– Amo. Amo muito ela. E eu não sei explicar o quanto. – Pietra não falou por alguns pequenos minutos. Eu obviamente não quebraria o silêncio após a minha resposta.

– Mais do que amou a minha mãe? – Não esperava por essa pergunta. Mas o que me deixou surpresa é ela não chamar a Antonella pelo nome ou de outra. Isso é um bom sinal. Ela não estava tão magoada a esse ponto.

– É injusto eu fazer essa comparação. – A Hailee não merece tal comparação.

– Por que? – Eu estacionei o carro, desliguei e olhei pra ela.

– Por todo o contexto do meu relacionamento com a sua mãe. E a Hailee não merece que eu compare o meu sentimentos por ela com o que eu senti pela sua mãe. Por mais que tenha dado tudo ruim no final, eu amava a sua mãe como nunca pensei em amar ninguém. Eu vivi isso, foi verdadeiro e eu senti ele até o último segundo que eu podia. Mas ele foi danificado até sumir. – Eu suspirei. Eu sei que não é algo que alguém queira ouvir de uma mãe ou pai sobre a mãe ou o pai dela. – Então, não é justo eu comparar porque deu muito certo até onde tinha que dar. Entende? – Essas coisas não tem parâmetro de comparação. Não quando é de verdade, não quando é vivido. Antonella é meu passado. Hailee é meu presente e eu farei o meu melhor para ser o meu futuro também.

– Amou ela mesmo depois da traição?

– Amei. Por bastante tempo ainda. E eu só fui perceber que eu não sentia mais nada depois que eu encontrei a Hailee. Porque eu senti novamente o meu coração bater simplesmente por pensar nela. Sabe, bater de uma forma descompensada e boa. Um dia você pode sentir algo assim. E se acontecer você vai saber exatamente o que eu estou falando. – Esse sentimento é inexplicável, nada do que eu falar vai chegar perto do que é. É exatamente só sentindo para a pessoa saber.

– Como a senhora conheceu ela? – Eu ainda lembro como se fosse segundos atrás ela entrando no meu consultório.

Eu também ainda lembro dos meus surtos a cada segundo de sessão. Ainda não sei como conseguir me controlar com aquela mulher toda sessão me atentando.

Psychologue (Hailee/You)Onde histórias criam vida. Descubra agora