Para ela, eles sempre seriam grandes amigos

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“O esperado nos mantém fortes, firmes e em pé.
O inesperado nos torna frágeis e propões recomeços.”
Machado de Assis

Capítulo 5

Não gostava de não saber... A percepção de que alguém a acompanhava voltou, olhou para os lados e não viu nada.

Leah ainda não entendia por que sonhou com ele de novo, nunca tinha acontecido, durante anos teve os pesadelos somente  às sextas-feiras, num sábado era novidade. Também não entendia o porquê desse homem aparecer só agora, ou talvez houvesse aparecido só que ela não lembrava –  "Nah, definitivamente não, isso eu não esqueceria, alguma coisa aconteceu para que ele aparecesse assim do nada. O mais estranho era saber que mal fechei os olhos, apaguei.” - pensou - Lhe causava mais estranheza, o fato de estar envolvida nos braços dele, tão perto e a proximidade de seu corpo não a assustar. Todavia não teve  chance de ficar assustada, quando o percebeu ele já estava lá.

Lembrava-se de tê-lo visto e era uma visão maravilhosa, no entanto o mistério estava em não recordar de absolutamente, mas seus olhos a perseguiam para onde quer que fossem. - "Queimavam com luxúria, brilhando tão intensamente e por mim". – arrepiou-se.

"Devia ser um crime um homem ser tão formoso" – Aiiii ok! Chega. – gritou ela para os pensamentos insistentes  marchando para dentro do apartamento à procura de Sophie.

- Cheguei cadê você?

- Tô aqui!

Leah olhou em volta e a encontrou embaixo da mesinha de centro.

- O que você tá fazendo?

- O que você acha?

- Wow, tem alguém mordido aqui!

- Limpando, hoje sábado, esqueceu?

Leah só a encarou de volta, vestida com o típico traje de faxina, uma legging preta e uma camiseta que nela mais parecia um vestido, escrito I love you Texas. - “Devia ser da última eleição presidencial”.

- Nossa Lili, alooô SÁ-BA-DO o que quer dizer FA-XI-NA -  pontuou cada sílaba ao dizer.

Rindo, recostou-se na porta. – Pare de trabalhar tenho uma novidade.

Assim que ouviu a palavra novidade, Sophie, saltou de pé.

- Diga que já descobriu quem enviou os lírios, ou não, espera, foi Stive né, ele se revelou?

- Nem uma coisa nem outra. – a face perdendo o brilho do entusiasmo.

- Mas...  - continuou Leah – Uma arqueóloga muuuuito importante vai para a Grécia.

- Caramba!  Isso é ótimo, não mais que ótimo, é FANTÁSTICO! – correu para abraçá-la – Eu sabia que você era boa, o resultado  é só a constatação dos fatos – rindo as duas se abraçaram.

- Ah Sop, só você para me dizer uma
coisa dessas... Estou tão feliz! E… - calou-se.

- O que houve?

- Não é nada é só que...  - bufou jogando-se no sofá –  Leah estava em dúvida entre contar ou não sobre os ocorridos do dia, optando pela verdade começou: - Hoje aconteceu uma coisa estranha comigo, enquanto estava indo para o trabalho…

- Cospe!  – cortou-a sentando-se na poltrona na pose conhecida como: conte-me tudo e não me esconda nada. 

- Ai, que linguajar é esse? As vezes acabo me esquecendo que você é uma psicóloga e como tal deveria tratar seus pacientes com mais...digamos, tato, principalmente eu, que sou exclusiva. – concluiu rindo.
Sophie fez um muxoxo - Corta essa e parte logo pro que interessa.

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