Capítulo 3

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"O sonho é a satisfação de que
o desejo se realize."
Sigmund Freud

Capítulo 3

Leah saiu marchando de volta para o quarto levando o presente, agora que sua manhã estava praticamente perdida - "Graças a minha querida Chaveirinho" - reclamou para si mesma, iria tomar um banho e ir ao Instituto revisar suas anotações, aproveitaria pra resolver o mistério dos lírios. - riu apesar da situação.

Ela ainda não conseguia acreditar que estava recebendo flores e não eram de qualquer espécie, mas o verdadeiro Texas Dawn, uma beleza rara, amarelos com tons avermelhados e castanhos.

Parou abruptamente, inspirou, expirou e inspirou de novo, estava por todo lugar, colocou o vidro sobre a mesinha de estudos - "Como isso aconteceu?
O cheiro dele está por toda parte! Realmente estou com problemas, minha mente me prega peças, porém meu olfato também se rebelou contra mim. Melhor tomar esse banho de uma vez." - A cabeça dava voltas.

Enquanto se despia, estava decidida, não ficaria tentando desvendar o enigma, seu medo era tornar tudo uma grande paranóia. Sabia que por mais confusa que fosse toda a situação, havia algo que estava ao seu alcance, pegando a sua esponja vibratória, entrou no box. Precisava tirar a carga de estresse que sentia há dias.

Não precisava de muito esforço para excitar-se, já que aquele cheiro estava por toda parte, e estranhamente tinha o poder incrível de despertar sensações em seu corpo e, ali, ela não fazia questão de tentar dominar.

As mãos começaram a deslizar primeiro pelo rosto, logo pelos seios, a espuma deslizava por sua pele contribuindo para que as sensações se espalhassem por cada terminação nervosa. Com facilidade seus dedos mergulharam em sua entrada, quanto mais sua excitação crescia, mais seu clitóris se tornava proeminente e era disso que precisava. Escorada contra o box, um dos seus dedos circulou aquela parte que tanto pedia atenção. Permitiu que seus movimentos tornassem mais ritmados e constantes.

Leah, parecia ouvir a voz, como um canto de sereia, atraindo-a para a perdição, imaginando-o com ela, sussurrando e fazendo promessas transbordando lascivias. -"Te lamberei inteira... te foderei até não restar nada mais que o êxtase do esquecimento"...-

Sua respiração se tornou irregular; ofegante, seu corpo tensiona; por um momento era como se estivesse pisando nas nuvens... as ondas de prazer perpassam seu corpo, um gemido saiu do fundo da garganta. A boceta pulsava, sugando os dedos em seu interior; encharcando-o. Era como se seu corpo já não estivesse ali, perdida no prazer seus pensamentos desfocaram.

Apertou o seio direito com mais força, e imaginou que fosse dentes, sugando-os para dentro da boca. Sua vulva convulsiona, derrama-se implorando por mais, substitui seus dedos pela ducha vibratória, pressiona sobre o clitóris, e foi o suficiente para as descargas de prazer rompessem todo o véu de sanidade, Leah grita, permite-se sentir a alegria e a letargia que o clímax lhe proporciona, não está mais no banheiro, mas num espiral de contentamento e redenção.

O torpor invade seu cerne, suas pernas não a obedecem, estão trêmulas; fracas. Deixando-se escorregar até o chão, a cabeça apoiada no vidro do box. A água quente continua a cair de forma constante.

Leah ri - "Realmente estava precisando disso".

Pós banho vestiu uma calça jeans, botas pretas sem salto, cacharrel branca e um cardigã vermelho, passou gloss, creme no rosto e nas mãos, secou os cabelos os deixou presos no costumeiro coque. - riu para se reflexo - Hoje será um lindo dia!

No carro depositou no banco do passageiro o notebook e a pasta com as impressões do último teste que fez sobre a amostra que a equipe de Atenas enviou, para que fosse integrada ao acervo da exploração recente.

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