Continuação:
Leah foi acordada por uma batida incessante em sua cabeça, o som conseguiu ultrapassar as barreiras do sono para acordá-la. A fonte do barulho provinha do seu celular que tocava Sweet Child O'mine- Guns N' Roses, a voz de Axl Rose, entoava pelos altos falantes. Por um momento ela riu - "Gostaria de um dia ter alguém que me tratasse como essa doce menina e me levasse para algum lugar, não importa onde". – Oh! Mas o que estou dizendo? - repreendendo os rumos de seus pensamentos atendeu ao telefone, já sabendo de quem se tratava.
- Sop, querida! O que aconteceu para que fizesse a delicadeza de me ligar a essa hora, por um acaso o mar está pegando fogo e teremos baleia assada no jantar? - falou injetando o máximo de sarcasmo que conseguiu.
- Já levantou? – cantou Sophie com uma voz alegre, não dando a mínima para o que ela disse.
- Não mana, ainda nem tinha acordado, mas não se importe você acabou de fazê-lo. – disse com a voz cheia de veneno.
- Oh! Disponha, então levante-se logo, corra até a cozinha e vá ver quem mandou aqueles lírios. - cantarolou.
- Quais lírios, Chaveirinho? Ah não, pelo amor de Deus! Diga que não me ligou só pra dizer que tem alguns lírios na cozinha? Você por acaso tem algum tipo de distúrbio que eu ainda não tomei conhecimento? Por que se tiv...
- Não são só alguns lírios! – cortou - E eu não tenho distúrbio nenhum! Lili são lírios amarelos os mais lindos que já vi. Você tem a mais ínfima noção do quão difícil é achá-los nessa época do ano, principalmente aqui em Dallas?
- Argh! Sop me dá um tempo, eu só quero voltar a dormir, não me interessa a floricultura de Dallas e também não me importa que flores você ganhou, nossa até parece...
- NÃO SÃO MINHAS! São para você! Estavam na porta, quando abri para ir ao consultório, eles estavam lá magníficos e tinha um cartão endereçado a você, sua cabeça dura. - respirou fundo - Por tanto quero saber quem as enviou, ou melhor, as deixou, por que se fosse de uma loja eles teriam esperado para nos entregar e opa!
Sem entender o rumo dos pensamentos da amiga Leah a questionou. - O que esse opa quer dizer?
- Isso me leva a outro questionamento, como o cara entrou no prédio sem ser anunciado?
Isso não importava para ela, a questão que rondava sua cabeça era outra. - "Como é isso? Flores pra mim e não para Sophie?" - Em seus vinte seis anos nunca tinha ganho, a não ser de seu pai e isso para ela não contava, por outro lado já a amiga sempre ganhava, seus pacientes sempre enviam arranjos com as maiores variedades, eles a adoravam, na verdade era impossível não gostar dela.
E falando nela - Alô Leah você ainda está aí? Ansiedade me define.
- Uh? Ah sim, to sim, você estava perguntando como conseguiram entrar sem serem anunciados? Não importa, o porteiro vive dormindo, o coitado tá ficando velhinho, às vezes acho que poderia passar uma banda tocando heavy metal que ele nem notaria. – riu.
- Tem razão, essa questão deixei de lado porque eu já tinha chego a essa conclusão, o que eu disse foi pra você tirar seu traseiro da cama e ir ver quem te mandou aquelas belezas! Ah e antes que eu me esqueça como fizeram para saber quais são as suas flores prediletas?
- Hum, tô indo – resmungando levantou-se. - E respondendo a sua pergunta também não sei, na verdade depois da noite de ontem eu não sei de mais nada.
Leah atravessou o corredor estreito que levava até a cozinha, as paredes eram cobertas com várias telas que Sophie pintava, imagens de campos graciosos, ela dizia que essas eram pintadas quando estava de bom um humor e precisava relaxar, porém as que ficavam na parede da sala eram sempre extravagantes, vibrantes, quase agressivas essas ela pintava quando estava nervosa. - "Cara ninguém merece pegá-la depois de um dia de estresse." - pensou.
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Névoa do Tempo
VampirosEle um vampiro. Ela uma arqueóloga. Uma maldição os separou há mais de duzentos anos, e desde então ele a busca. A cada geração uma nova Leah nascia e com ela a oportunidade de Stefan ter um final feliz. Mundos opostos, porém um destino entrelaçad...