Capítulo 23

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Eu prefiro morrer amanhã do que viver cem anos sem te conhecer

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Eu prefiro morrer amanhã do que viver cem anos sem te conhecer.
- Pocahontas

Naruto Uzumaki

Hinata tinha suas pernas enroscadas nas minhas enquanto sua cabeça descansava em meu peito. Eu, em hipótese alguma imaginei estar assim com alguém um dia, e muito menos com ela que jurou me odiar.

Ontem, depois de nossa confissão, queríamos nos manter juntos. Como se a muito já necessitássemos desse tempo compartilhado. Enquanto todos dormiam, peguei o colchão da minha cama e viemos para os fundos do barco. Em uma espécie de porão. Eu fazia cafuné nos cabelos azuis enquanto Hinata dormia pesado.

Tinha até medo de me mexer e estourar essa bolha. Não rolou nada além de beijos e mãos bobas. Por mais que meu corpo desejasse avançar, minha mente não permitiu. Eu não queria que nossa primeira vez fosse assim, então consegui nos segurar bem.

Diferente de Hinata, eu não consegui pregar os olhos um minuto sequer. Tive medo de dormir e ser acordado quando tudo isso não passasse de um sonho. Em um breve momento, lembrei da vez que expulsei uma mulher do meu quarto com ignorância.

Talvez eu realmente estivesse com atitudes de moleque, mesmo antes de Hinata, mas só percebi isso com ela, e de algum modo, quero me tornar alguém melhor. Alguém que a mereça.

A morena resmungou algo inaudível e começou a se mexer. Admirei seus olhos se abrirem ainda se acostumando a pouca claridade do lugar.

— Bom dia.. Hime.

Ela piscou algumas vezes. Seus olhos semicerrados.

— Hime?

— Gostou? Eu estive pensando em um apelido que combinasse com você.

Ela sorriu e inclinei-me para capturar-lhe um beijo.

— É melhor do que boneca. — Disse contra a minha boca, em um sorriso largo. — E estamos com bafo!

Sentou-se enquanto ríamos. Lhe observei arrumar o cabelo em um coque e não resisti em agarrar sua cintura, deixando minhas mãos descansarem em sua barriga e minha cabeça em suas costas.

O som do celular dela começou a reverberar o cômodo e Hinata esticou-se para pegar o aparelho em cima de uma caixa. Ela virou a tela para mim e era Toneri.

— Eu resolvo isso depois. — Desligou o celular tirando minhas mãos de sua cintura e virando para me encarar. — Tá tudo bem?

— Acho que eu que deveria perguntar isso. — Por algum motivo desviei o olhar.

Senti as mãos pequenas em meu rosto.

— Olha pra mim. — Obedeci. — Que cara é essa?

— Acho que tô esperando você surtar e fugir.

O acidente que mudou minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora