Capítulo 2

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E às vezes são as escolhas erradas que te levam ao rumo certo

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E às vezes são as escolhas erradas que te levam ao rumo certo.
- Desconhecido

Naruto Uzumaki

Toda cidade, sem exceção, tem seu lado abonado e o abandonado. Tenho o revés de dizer que sou do segundo lado. Que não existe justiça, que é cada um por si para sobreviver.

Peguei um cigarro dentro do maço repousado em cima da mesinha, coloquei-o entre os dedos e elevei aos lábios, ascendendo logo em seguida. Traguei deixando a fumaça escapar não só pelo meus lábios como também pelo nariz.

Deixei o tabaco na boca enquanto levantava-me. Cambaleei um pouco para o lado mas consegui me manter em pé. Espremi os olhos com a forte dor de cabeça e o gosto ruim de álcool na boca. A noite foi longa.

Fitei minha cama encostada na parede e lembrei-me que não estava sozinho. Havia ali uma mulher linda, de longos cabelos castanhos. Aproximei-me e a chacoalhei.

— Eii! — Chamei. — Já amanheceu! Vai embora!

Ela resmungou algo ainda sonolenta.

— Vai! Minha mãe vai levantar daqui a pouco e não quero que te veja aqui, então pule a janela. — Andei pelo quarto recolhendo as peças de roupa dela, e encontrei sua calcinha bem na porta do lado de fora. Sorte que dona Kushina tem sono pesado. — Levanta caralho! — Joguei tudo em cima da cama.

— Ah! — Ela sentou-se, irritada. — Você só me acha útil quando está comendo??

— Sim? — Respondi o óbvio.

— Como assim seu canalha??

— Olha, minha cabeça tá doendo então baixa esse tom de voz aí. Ou melhor, para de falar, se veste e vai embora. — Caminhei até o banheiro, mas antes de entrar ela segurou meu braço.

— Eu não sou qualquer uma que você come e joga fora!

Elevei uma das sobrancelha e permiti um sorriso ladino me escapar.

— Olha, lembra quando nos conhecemos? — Perguntei e foi a vez dela erguer as sobrancelhas. — Ontem. Você estava em cima de uma mesa de sinuca, dançando quase pelada, te chamei para sair e você aceitou sem nem perguntar para onde. Se você mesma não se dá o respeito, por que eu deveria?

Ela ficou quieta. Soltei-me de seu aperto.

— Quando eu sair do banho espero não te ver aqui. — E entrei no banheiro.

Já estava sem roupa, então somente liguei o chuveiro, desprezei o tabaco no lixinho perto da privada e deixei a água fazer o trabalho de me limpar. Estava suado e sentindo nojo de mim mesmo. Ensaboei-me e sai. Não estava afim de ficar enrolando muito pois tinha coisa demais para fazer hoje.

Sai do quarto ao vestir uma bermuda jeans simples e uma blusa regata laranja, em uns seis passos já estava na cozinha. Abri o armário em busca de algo para comer e achei um saco de bolacha água e sal. Coloquei uma na boca e tomei um susto ao virar-me e ver minha mãe na porta.

O acidente que mudou minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora