[CONCLUÍDA] Elevando a mão involuntariamente quando sua professora perguntou se alguém queria observar o procedimento de uma sutura em um jovem que acabará de sofrer um acidente, Hinata foi mandada para a sala de emergência.
O paciente do seu prime...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Gosto dessa definição: abraço é o encontro de dois corações. - Cazuza
Hinata Hyuuga
Ele era um homem quebrado. Naruto era um homem totalmente quebrado. Eu o vi socar aquele cara com tanta fúria que tive medo de que o matasse. Eu queria chorar, gritar e espernear. Nunca ninguém havia tocado em meu corpo daquela forma, e foi então que lembrei-me de uma frase do meu pai:
"O mundo é cruel querida, por isso a protejo tanto. Lá fora, você não passa de uma garotinha indefesa, a mercê de homens ridiculamente maldosos"
Eu não entendia até agora.
Enquanto respingos de sangue sujavam o chão da calçada, ergui meu olhar ao loiro, eu estava com medo, mas não necessariamente dele. Estava com medo das palavras de meu pai, com medo do que aquele homem faria comigo caso Naruto não estivesse ali, e eu sabia o que faria.. eu sabia sim.
Eu não passava de uma garota chorona, e não era só Naruto que encontrava-se desnorteado. As lágrimas molharam minhas bochechas, enquanto mantinha meus olhos bem abertos, e alertas a qualquer coisa. Massageei meu pulso que estava no agarre dele a poucos minutos, mas não tinha intenção de fazê-lo se senti culpado. Um pulso vermelho não pode nem se comparar com o que aconteceria comigo caso aqueles caras tivessem êxito. E eu queria descontar minha raiva batendo no loiro, queria muito, por que mesmo depois daquilo, ele quase havia cometido um crime. Mas só consegui andar em sua direção à passos lentos e cambaleantes, até passar meus braços ao redor de sua cintura.
Eu o abracei e nem sabia o motivo, eu só precisava. Precisava me sentir segura, e tive essa sensação quando depois de alguns minutos, ele retribuiu o aperto.
E pensar que ontem eu estava com tanta raiva, que fui procurá-lo para questionar sobre o carro de Toneri, e estava bem disposta a xingar até sua última geração. Hoje, estou aqui, sentindo-me uma idiota por estar abraçando-o e mais ainda, por realmente estar me sentindo aconchegada.
Ele é bem mais alto que eu, então consigo ouvir com clareza seu coração acelerado. A sensação que me preenche é indescritível.
Seu cheiro era puro álcool e seus olhos estavam bem avermelhados, o que me dizia exatamente que Naruto estava bêbado e drogado. Mesmo assim, mesmo com o cheiro ruim, mesmo que ele tenha sujado minhas costas com sangue ao retribuir o abraço, mesmo com tudo isso, minha vontade é de colocá-lo nos braços e fazer sua dor sumir. Eu não sei o que lhe fez reagir com tanta fúria, mas com certeza seria eternamente grata.
...
Peguei uma toalha de rosto no varal, alguns blocos de gelo no frigobar do meu pai e subi as escadas correndo, até ouvir meu nome:
— Hinata?
Gelei.
— O-oi, Natsu.. — Falhei miseravelmente ao tentar não gaguejar. — Tudo bem..? Não sabia que estaria aqui hoje..
