"Meu coração assusta você, mas uma arma não?"
- AlerquinaHinata Hyuuga
Eu não aguentei. O ar dentro daquela zona estava me deixando enjoada. As palavras seguintes de Mikoto fez todo meu corpo se arrepiar.
Eu cheguei a conclusão. Ninguém de fato é confiável. Nem a mulher que me criou, e nem o Sasuke do meu pesadelo. Como posso confiar nele também?
— Hinata? — Naruto chamou atrás de mim. Fechei os olhos e respirei fundo, logo os abrindo e fitando a fauna. As folhas verdes dançavam com o vento lhes tocando.
Eu amo Naruto, mas não o quero agora. Preciso colocar minha cabeça no lugar. Nada saiu como eu esperava. Em fração de segundos minha vida foi colocada de cabeça para baixo.
Eu queria estar aprendendo a aplicar medicamentos, ou aferir pressão, ou cuidar de um idoso em seus últimos suspiros de vida, e não aqui. Não com meu pai e irmão mais velho enlouquecidos, não com minha mãe adotiva que - não é de fato adotiva -, e não com Naruto tendo que fugir da polícia por um crime que não cometeu.
Senti os braços flamejantes envolver minha cintura e sua respiração quente no meu pescoço. Lágrimas silenciosas acumularam nos meus olhos, embaçando minha visão antes limpinha das árvores.
Me sinto egoísta, depois de tudo que ficamos sabendo sobre Naruto ele permaneceu de pé, e eu, com uma simples confissão estou prestes a desabar. Eu deveria consolar ele, não o contrário.
— Me desculpa.. — Murmurei, sentindo as extremidades da minha garganta apertar minha voz. Eu achei que fosse ser o contrário, que ele me faria sofrer e iria foder minha vida, mas eu estou causando isso. Minha família bagunçada está causando isso.
O sol timidamente surgiu com seus raios por entre a lacuna das folhas. As nuvens escuras reunidas no céu estavam já se despedindo. Minha cabeça começou a doer e meus olhos pesar.
Fukagu estava certo esse tempo todo. O mundo é cruel, e eu poderia muito bem continuar debaixo de suas asas. Ele saberia esconder tudo isso de mim e enfrentar esses demônios por mim.
É como se tivessem me jogado dentro de um poço fundo. Sinto a água entrar por meu nariz e boca, invadindo cada célula do meu corpo. Meu pulmão se torna preguiçoso para executar seu trabalho de hematose enquanto meu coração é errôneo em me proporcionar batimentos ritmados.
Aperto minhas mãos em punhos, voltando a cravar minhas unhas na palma, mania que não fazia à tempos. Meu suspiro é pesado e minha arca dentária também quando rilho o lábio inferior.
— Não peça desculpa, meu amor, você não tem culpa. Eu tô aqui com você, prometo que não irei a lugar nenhum. — Por um instante tinha esquecido da sua companhia. Naruto deslizou sua mão da minha barriga para meu aperto, libertando minhas unhas do encrave.
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O acidente que mudou minha vida
Фанфіки[CONCLUÍDA] Elevando a mão involuntariamente quando sua professora perguntou se alguém queria observar o procedimento de uma sutura em um jovem que acabará de sofrer um acidente, Hinata foi mandada para a sala de emergência. O paciente do seu prime...