Capítulo 3

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O maior medo das pessoas é arriscar e o pior castigo é conviver com o arrependimento por não ter tentado

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O maior medo das pessoas é arriscar e o pior castigo é conviver com o arrependimento por não ter tentado.
- Leandro Henriques

Hinata Hyuuga

Minhas mãos suavam, e chegavam a doer com minhas unhas curtas cravando na palma. Senti alguém aproximar-se e tocar meu braço, então sobressaltei com o susto.

— Eu hein, tá devendo? — Shion, minha colega de curso, respondeu.

— Me desculpe. Eu tô nervosa.

— É, eu também. Dá pra acreditar? Estamos no hospital, e vamos finalmente lidar com gente de verdade e não com aqueles bonecos do laboratório! — Karin deu pulinhos enquanto olhava seu próprio reflexo no espelho imenso do banheiro que estávamos.

Ela virou-se de costas e analisou a si própria, olhando por cima do ombro. Seu jaleco, suas roupas brancas, tudo lhe caiu perfeitamente. Já eu, que estou igualmente vestida de branco, e de jaleco, não acho ter combinado muito.

Nunca fui chegada em roupas claras, muito menos brancas. Coisas que colam no corpo não é comigo, e esse traje, mesmo não estando totalmente colado como uma legging, me deixa desconfortável, de algum modo.

— Hinata, terra chamando Hinata. — Alguém estalou os dedos em minha frente.

— Esquece, Shizune. Ela não está aqui hoje, tá totalmente no mundo da lua. — Ouvi Shion comentar. Olhei de uma para a outra, enfim libertando minhas mãos de meu próprio aperto.

— Que seja, a professora Kurenai perguntou se estamos prontas, e caso a resposta seja sim, devemos encontrá-la no hall. — Disse Shizune. Levantei-me e passei reto pelo espelho, nem querendo ver meu reflexo.

— Vamos então. — Respondi.

Não sou insegura com muitas coisas, mas se há algo que mexe comigo, é meu corpo. Ele não é igual outros, e eu sei que não deveria mesmo, e que todo mundo é diferente, já sei de todo esse sermão da internet. Mas quando é na prática, na vida real, as coisas mudam um pouco.

Já não era de falar muito, mas hoje em especial, estava mais calada do que nunca. Não sabia o que me esperava, já que só estive em um hospital antes, como paciente. Nunca o vi em outra perspectiva.

— Oh! meninas, que bom que não demoraram. — Kurenai gesticulou enquanto aproximávamos. Meu cabelo estava amarrado em um coque médio, com a redinha preta prendendo meus fios rebeldes, mas ainda assim, alguns insistiram em cair aos arredores. — Há pouco tempo chegou uma emergência, eu já conversei com o médico e pedi para que uma de minhas alunas observassem a sutura e acompanhasse o paciente até irmos embora, oque acham? Quem se dispõe?

Eu, Shion, Karin e Shizune nos entreolhamos. Todas sem saber o que responder. Era nossa primeira vez ali dentro, e já começarmos com uma emergência, estava certo? Mas.. era só para observar, então não havia problemas.. mas mesmo assim.. eu..

O acidente que mudou minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora