[CONCLUÍDA] Elevando a mão involuntariamente quando sua professora perguntou se alguém queria observar o procedimento de uma sutura em um jovem que acabará de sofrer um acidente, Hinata foi mandada para a sala de emergência.
O paciente do seu prime...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
O maior medo das pessoas é arriscar e o pior castigo é conviver com o arrependimento por não ter tentado. - Leandro Henriques
Hinata Hyuuga
Minhas mãos suavam, e chegavam a doer com minhas unhas curtas cravando na palma. Senti alguém aproximar-se e tocar meu braço, então sobressaltei com o susto.
— Eu hein, tá devendo? — Shion, minha colega de curso, respondeu.
— Me desculpe. Eu tô nervosa.
— É, eu também. Dá pra acreditar? Estamos no hospital, e vamos finalmente lidar com gente de verdade e não com aqueles bonecos do laboratório! — Karin deu pulinhos enquanto olhava seu próprio reflexo no espelho imenso do banheiro que estávamos.
Ela virou-se de costas e analisou a si própria, olhando por cima do ombro. Seu jaleco, suas roupas brancas, tudo lhe caiu perfeitamente. Já eu, que estou igualmente vestida de branco, e de jaleco, não acho ter combinado muito.
Nunca fui chegada em roupas claras, muito menos brancas. Coisas que colam no corpo não é comigo, e esse traje, mesmo não estando totalmente colado como uma legging, me deixa desconfortável, de algum modo.
— Hinata, terra chamando Hinata. — Alguém estalou os dedos em minha frente.
— Esquece, Shizune. Ela não está aqui hoje, tá totalmente no mundo da lua. — Ouvi Shion comentar. Olhei de uma para a outra, enfim libertando minhas mãos de meu próprio aperto.
— Que seja, a professora Kurenai perguntou se estamos prontas, e caso a resposta seja sim, devemos encontrá-la no hall. — Disse Shizune. Levantei-me e passei reto pelo espelho, nem querendo ver meu reflexo.
— Vamos então. — Respondi.
Não sou insegura com muitas coisas, mas se há algo que mexe comigo, é meu corpo. Ele não é igual outros, e eu sei que não deveria mesmo, e que todo mundo é diferente, já sei de todo esse sermão da internet. Mas quando é na prática, na vida real, as coisas mudam um pouco.
Já não era de falar muito, mas hoje em especial, estava mais calada do que nunca. Não sabia o que me esperava, já que só estive em um hospital antes, como paciente. Nunca o vi em outra perspectiva.
— Oh! meninas, que bom que não demoraram. — Kurenai gesticulou enquanto aproximávamos. Meu cabelo estava amarrado em um coque médio, com a redinha preta prendendo meus fios rebeldes, mas ainda assim, alguns insistiram em cair aos arredores. — Há pouco tempo chegou uma emergência, eu já conversei com o médico e pedi para que uma de minhas alunas observassem a sutura e acompanhasse o paciente até irmos embora, oque acham? Quem se dispõe?
Eu, Shion, Karin e Shizune nos entreolhamos. Todas sem saber o que responder. Era nossa primeira vez ali dentro, e já começarmos com uma emergência, estava certo? Mas.. era só para observar, então não havia problemas.. mas mesmo assim.. eu..