[CONCLUÍDA] Elevando a mão involuntariamente quando sua professora perguntou se alguém queria observar o procedimento de uma sutura em um jovem que acabará de sofrer um acidente, Hinata foi mandada para a sala de emergência.
O paciente do seu prime...
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Toda mulher tem um lado maluco que só o homem certo pode revelar. - Alerquina
Hinata Hyuuga
Eu não imaginei o quão longe meu pai e Itachi poderiam ir, enquanto eles e Naruto mantinham uma discussão na cozinha, eu sentei no chão com as mãos na cabeça. Ouvindo cada frase, cada ameaça, cada crueldade que saia da boca do meu pai.
Até que tudo que ouvi foi um som agudo. Imediatamente levantei com o susto e contemplei Naruto em estado de choque, um homem estirado no chão e Itachi guardando sua arma. Meu pai mantinha sua mesma posição largada na cadeira como se não tivesse acabado de ver o filho tirar a vida de alguém.
Eu ainda tentei ajudar, tentei comprimir o peito do ruivo e fazer uma massagem cardíaca de emergência, mas ele já não tinha mais pulsação. Em minha garganta cortou um grito agonizado. Fitei minhas mãos ensangüentadas e mal podia acreditar naquela realidade.
Morosamente ergui meu olhar ao loiro, para checar se ainda respirava depois de perder um provável amigo, mas o que encontrei foi um olhar amedrontado.. o segui até encontrar Itachi lhe apontando a mesma arma que usou agora pouco.
Meu corpo inteiro estremeceu. Isso tudo era culpa minha. Eu sabia que meu pai nunca aceitaria isso, sabia que meu dever era escolher um homem bem sucedido, acontece que meu pai mesmo viu o que o homem bem sucedido me causaria, mas ele parece querer enxergar só o que lhe convém.
A minha vida toda girou em torno dele, eu fiz de tudo para agradá-lo sempre, mas ele parece não me enxergar por completo. Não ouve o que digo e anula minhas opiniões. Se nada for do jeito dele, então nada é feito. Estou cansada, exausta de dedicar tanto tempo a alguém que vê em mim uma boneca de fios para ser controlada.
— Itachi, não! — Joguei meu corpo na frente de Naruto, abrindo meus braços. Ele não atiraria em mim, e se atirasse, bem, pelo menos uma vez minha voz sairia e seria escutada com atenção. — Não pode atirar nele!
— Saia da frente, Hinata! — Ordenou ríspido.
Balancei a cabeça sentindo o gosto salgado em meu paladar. Naruto preferiu arriscar a vida ao aceitar a proposta de meu pai, então é o mínimo que faço.
— Não vou sair!
— Não complique as coisas, filha. — Fukagu voltou-se a aproximar suas mãos de mim, ele chutou o corpo do ruivo como se fosse só mais um pedaço de carne e aquilo fez meu sangue ferver.
— Não encosta em mim! — Ergui uma das minhas mãos o impedindo de se aproximar, sem sair da frente de Naruto. O olhei por cima do ombro. — Fuja! Vai! Vai! Por favor!
— Não posso!
— Vai, por favor! — Minha voz embargada.
— Obedeça ao menos ela, menino, você já viu que Itachi não brinca em serviço. — Fukagu provocou.
