SIMONE
Adentrei ao chalé do qual comprei há alguns anos, costumava usufruir quando tinha tempo livre, era o meu lugar favorito até me fazer lembrar de todo o passado, que apesar de ser boas lembranças, infelizmente houve um momento do qual me dá desprezo.
Apesar de ser um lugar antigo, sempre tentei manter ele limpo. Contratei pessoas que ajudam na limpeza e na organização. Toda semana vem alguém aqui limpá-lo.
Soraya: - Esse lugar me faz lembrar de tantas coisas...
Simone: - O que você quer, Soraya.
Soraya: - Eu te mandei a carta-
Simone: - Seja direta.
Soraya: - Eu já pedi desculpas e li a carta que você me mandou... Eu só preciso esclarecer isso, poder obter o seu perdão, não por uma carta, e sim saindo de sua boca.
Olhei seus olhos castanhos, sua boca séria caidinha para baixo e o seu nariz quadradinho, observei também algumas marcas de expressão, mas elas eram leves.
Soraya: - Tudo que eu falei para você, absolutamente tudo, era mentira.
Simone: - Como você diz que era mentira sendo que está casada com um homem que claramente é louco por você e você - apontei meu indicador contra seu corpo - sequer olhava em minha cara depois de tudo?
Ela baixou a cabeça, passou sua língua entre os lábios e tornou a olhar meus olhos.
Soraya: - Eu menti, Simone. Eu disse que amava outra pessoa por medo.
Simone: - Medo? - contraí o cenho.
Soraya: - O que me fez ter atitude para mandar aquela infeliz carta foi pelo receio que tinha. Éramos namoradas, mas às escondidas! - Deu as costas - eu nunca me envolvi dessa maneira com alguém e você foi a única pessoa capaz de me arrancar felicidade. E se um dia qualquer você, de repente, decidisse me esquecer?
Simone: - Fazer o mesmo que você fez? - Sorri com deboche.
Soraya ficou calada, ela sabia que estava errada. Nada justificaria uma partida covarde como a que ela realizou há anos atrás.
Eu tinha sentimentos por ela, os mais sinceros deles. Ela me deixa uma carta dizendo que tudo está acabado por causa de um outro amor ter tomado conta de seu coração e agora isso tudo é uma farsa?
Simone: - Sinto que não está sendo verdadeira, Soraya. Afinal, desde que tudo acabou.
Soraya: - Você e eu éramos namoradas às escondidas, Simone-
Simone: - Se você quisesse, Soraya, tudo seria diferente. Se você quisesse um relacionamento público, tenha certeza que você teria sido assumida por mim, não tenha dúvidas.
Ela me observou enquanto pressionava os lábios.
Simone: - Não tente jogar a culpa para um relacionamento proibido, pois nada nos proibia.
Soraya: - Deixe de ser hipócrita, você mesma deu essa ideia por causa da universidade-
Simone: - Mas eu te amava, Soraya. Uma pessoa que ama verdadeiramente a outra faria loucuras e eu estava disposta a cometer uma.
Soraya: - Eu só tomei a decisão de um dia ter acabado tudo com você pelo receio que eu tinha da universidade. Uma professora e uma aluna, 2007, Simone. Não existia a possibilidade de assumirmos alg-
Simone: - Dois mil e sete não é mil novecentos e cinquenta, Soraya.
Ela fica séria, segura seus cotovelos e tenta falar algo a mais.
![](https://img.wattpad.com/cover/350105233-288-k279938.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amor, ódio e o fio da morte (SIMORAYA)
Fanfiction#1 EM "SISI"🥇 #1 EM "SENADO" 🥇 #2 EM "FICGAY" 🥈 De 2007 a 2009, lembranças, amores e momentos dos quais são gravados na mente de Simone prevalecem, uma mulher jovem da qual não supera seu antigo relacionamento as escondidas, tanto que nunca seque...