Capítulo 22

1K 96 52
                                    

SIMONE

Infelizmente não tive muito tempo para ver ou conversar com a Soraya pessoalmente, mas estamos evoluindo um pouco, nos aproximando um pouco mais, nos conhecendo mesmo.

Ela e eu temos muita coisa em comum, porém eu sinto que ela é um pouco louca da cabeça, não que nunca tenha sido, ela sempre foi assim, mas acho que ultimamente está pior.
Ciúmes sempre teve, mas sabe controlar.

Soraya: — Você está há 3 dias sem me mandar uma mensagem, o que aconteceu?

Estava dirigindo, então eu tive que ignorar ela e seguir meu caminho.
Como eu estava saindo do escritório para ir almoçar, decidi passar na casa da mãe dela e falar com ela pessoalmente.
Estacionei o carro em frente a casa dela e peguei o telefone.

Simone: — Vem para a parte de fora da casa.

Ela demorou uns 2 minutos para me responder, mas me respondeu.

Soraya: — Por quê?

Simone: — Anda!

Esperei ela dentro do carro por alguns minutos até ver a porta principal abrir, era ela.
Soraya vestia um vestido curto de cor azul claro, lindo!
Dei uma buzinada e ela olhou assustada, tadinha.
Vi ela dizer um "Que susto!" enquanto colocava a mão sob o colo, haha!

Soraya: — Três dias sem falar comigo, né?

Simone: — Me perdoe, eu tento, você sabe — sorri.

Soraya: — Para onde vai?

Simone: — Almoçar. Você já comeu?

Soraya: — Ainda não. Almoça comigo! — sorriu.

Simone: — Sua mãe está em casa?

Soraya: — Está.

Arregalei meus olhos e tomei um leve susto.

Soraya: — O que é que tem?

Simone: — Bom… é sua mãe — sorri sem jeito.

Soraya: — E daí?

A mãe da Soraya deve ser a mulher que mais tem raiva de mim, se não tem, um dia teve. Pelo tanto de coisa que já fiz para a Soraya, acho que ainda tem.

Simone: — Acho que eu não seria uma visita agradável…

Soraya: — Você é muito besta — gargalhou — Anda, estaciona o carro e entra — se afastou do carro.

Como eu não tinha muita escolha, apenas deixei meu carro na vaga que tinha e desci dele, fechei as portas e ela me acompanhou até o interior da residência.

Soraya: — Mãe, onde a senhora está? — Falou mais alto

Stefan: — Cala a boca, tamborete de forró! — disse ao ler um livro.

Ela pegou um travesseiro que estava em uma poltrona e bateu sem dó no rapaz, misericórdia!

Stefan: — Para!

Soraya: — Pé. De. Feijão! — bateu nele a cada pontuação.

Eu não podia rir, primeiro que eu não sei se seria interessante dar uma risadinha e… quem é esse rapaz?

Soraya: — Esse idiota eu chamo de resto de aborto, mais conhecido como meu irmão — olhou para mim.

Stefan: — Ela foi achada no lixo, então eu ainda estou no lucro.

Ela voltou a bater o travesseiro nele e com mais força!

Simone: — Soraya, calma!

Soraya: — Desgraçado.

Stefan: — Nem doeu, nem doeu.

Eu larguei ela e deixei ela bater nele dessa vez, se não tinha doído, agora vai doer.
Depois de umas palmadas, ele arregou, então eu comecei a rir junto com ela.

Stefan: — Não vai me apresentar? — Disse massageando a nuca.

Soraya: — Simone.

Ele me olhou com um pouco de dúvida, mas eu não sabia identificar o porquê dessa dúvida.

Stefan: — Coitada, trouxe ela pra essa casa e nem pediu em namoro ainda… vai traumatizar.

Ela só segurou a minha mão e arrastou-me até outro compartimento da casa, era a cozinha.
Senti um cheiro de comida gostosa, que delícia!

Soraya: — Aquele otário era meu irmão, mas essa rainha aqui é a minha mãe.

A mulher olhou para mim assim que escutou a voz de Soraya.

Martha: — Ah, temos visita! Tudo bem? — enxugou as mãos e se aproximou — espero que não ligue por eu estar cozinhando — me abraçou.

Minha única reação foi receber o abraço e abraça-la também.

Simone: — Tudo bem?

Martha: — Tudo ótimo! e com você?

Simone: — Estou indo.

Soraya: — Essa é dona Martha.

Martha: — Me chame apenas de Martha — sorriu.

Simone: — Está bem.

Soraya sentou-se na cadeira da ilha da cozinha e afastou uma cadeira para mim, sentei ao lado dela e senti sua boca encostar em meu ouvido.

Soraya: — Não precisa ficar tímida — Sorriu.

A mãe dela lembra muito ela, até porque é mãe, mas geralmente os filhos são mais parecidos com os pais.
Conversamos um pouco mais e a dona Martha é uma graça! almocei e estava uma delícia!

Simone: — Hum — limpei minha boca com o guardanapo — agradeço pelo almoço, estava uma delícia, mas tenho que ir.

Soraya: — Fica mais um pouco — fez cara de cachorrinho abandonado.

Observei os olhinhos pedintes, a boca rosada e as bochechas coradas, o sorrisinho leve e um pouco melado de feijão.

Simone: — Na próxima eu fico — peguei o guardanapo dela e limpei o canto de sua boca — prometo — sorri.

Soraya: — O que você vai fazer agora?

Ah, eu acho que tem um processo para rever…

Simone: — Tem um processo ainda.

Soraya: — É muita coisa? Eu te ajudo.

Martha: — Soraya, se Simone está ocupada, não tem pra quê você ficar insistindo! quando ela tiver mais tempo, ela vem novamente — sorriu — se estiver muito apertado para você, não se preocupe.

Ela está me expulsando?

Soraya: — Você vai ficar?

Observei dona Martha e Soraya, ela ainda não tinha terminado de almoçar, mas eu e Martha sim.

Simone: — Eu fico mais um pouco.

Ela sorriu e voltou a almoçar.

_________

Fala galeraaa!!!

Venho aqui para avisar vocês que estou cheia de coisas para fazer, além disso, enfrentando alguns problemas de saúde. Infelizmente isso afetou meu rendimento escolar e aqui no wattpad também.

Estou há algum tempo sem postar aqui e há mais de um mês sem mostrar nada de Malice, mas não porque desisti, e sim porque não tenho mais vontade. Quer dizer, ter tenho, mas não consigo escrever e não sei o porquê.

Só tenham paciência que um dia aparecerá capítulos nessa e na outra fic.

Amor, ódio e o fio da morte (SIMORAYA)Onde histórias criam vida. Descubra agora