Capítulo 19

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SORAYA

Hoje é a audiência do homem que tentou matar César.
Simone tentou falar comigo nos últimos dias, mas tentei evitar, até porque a querida quer vingança, então é o que ela vai ter. Se ela tiver se arrependido, ela faça o favor de colocar este homem na cadeia.

Stefan: — Ela parece estar bem triste — fez bico com a boca.

Soraya: — Será?

Stefan: — Você deveria ter me escutado e ter escutado a mamãe.

Stefan e mamãe pediram para eu falar com ela pela insistência que ela tinha de tentar conversar, mas eu neguei, entretanto não demonstrei ódio nem algo do tipo por ela, mas que ela me magoou, sim, me machucou muito.
Stefan olhou meu ombro e deu um sorrisinho.

Stefan: — O calvo está feliz — sorriu.

Soraya: — Por que? — Demonstrei felicidade.

Ele colocou a mão em meu ombro enquanto eu prestava atenção na audiência, já estava próxima do fim.

Stefan: — Ah, não vou contar — sorriu.

Soraya: — Por que não?

Martha: —- Silêncio! Caso contrário o juiz chamará nossa atenção!

Fiquei quieta com o Stefan.
Prestei atenção até o fim, onde foi proclamado o veredito final.

— Queridos presentes — Disse o juiz — Com base nas provas apresentadas, na defesa em questão, declaro o acusado aqui presente inocente.

Observei o rosto de Simone, ele estava sério, aparentava triste e não demonstrou felicidade pela vitória importante.

O juiz agradeceu pela presença de todos.
Eu a encarei e ela me olhou, consegui ver a tristeza em seus olhos e eu queria gritar para ela o quanto eu me senti traída naquele momento.

Stefan: — Soraya, o que aconteceu aqui foi algo que você não deve levar para o seu coração, entendeu?

Soraya: — Stefan, ele era meu marido.

Stefan: — Eu sei disso, mas pelo seu bem, não fique emotiva com esse julgamento.

Simone negava com a cabeça, saiu do tribunal séria, sequer cumprimentou o rapaz.
Depois de alguns minutos, saímos do local.

Stefan: — Você quer que eu vá com você no carro?

Soraya: — Eu preciso ir sozinha.

Stefan: — Soraya…

Soraya: — Vá para casa com mamãe, eu preciso espairecer um pouco.

Assim ele fez, confirmou e foi com mamãe para casa.
Entrei em meu carro, observei o vidro e chorei, chorei de desespero por saber que o homem que tentou matar o homem que amei, mesmo que não tenha sido da maneira mais completa possível, foi considerado inocente.

Chorei por lembrar de todas as noites que dormi ao lado de César, de todos os beijos de bom dia que recebia, de todo o carinho que eu nunca pude retribuir à altura.
Hoje vivo o luto, a dor de um dia ter visto o homem que me tratava tão bem ter me deixado.

Mas eu irei me vingar.
Não deixarei barato.
Pelos beijos, pelo carinho, eu irei.

Liguei o carro, fui até um apartamento do qual é conhecido.
"Apartamento 103"
"Perdão, não temos nada sobre a senhora"
"Avise que é Soraya, ela vai saber quem é".

Confirmam minha entrada.
Pego o elevador, aperto o botão, subo para o seu andar.
Bato na porta, ela não atende.
Bato novamente, a porta se abre, vejo seus olhos avermelhados.

Simone: — Me perdoe.

Olhei em seus olhos, dei um goto e respirei um pouco mais fundo.

Soraya: — Você terminou de despedaçar meu coração, Simone.

Simone: — Eu-

Soraya: — Eu ainda te amava… — comecei a chorar.

Simone: — Podemos conversar?

Soraya: — VOCÊ ARRUINOU O MEU PSICOLÓGICO! — entrelacei meus dedos nos meus fios loiros.

Simone: — EU SEI! — Gritou — Eu sei de tudo que eu fiz, reconheço! eu peço perdão por tudo isso!

Ela segurou minhas mãos e me puxou para dentro do seu apartamento, segurou meus braços enquanto derramava lágrimas pelo rosto.

Soraya: — Por que… Por que você defendeu? — olhei nos olhos dela — por que você queria tanto me ver assim?

Simone: — Não era eu.

Soraya: — Não? e quem era? minha mãe?

Simone: — Me perdoe, Soraya.

Olhei seu rosto, segurei sua mandíbula e pressionei meus lábios com raiva.

Soraya: —A minha vontade é te matar agora, sabia? por tudo que você está me fazendo passar.

Simone: — Me mate, Soraya.

Soraya: — Eu não posso, mesmo que esse seja meu maior desejo.

Simone: — Eu não me importo de morrer agora.

Minhas mãos ainda escorregaram para sua garganta, onde pressionei, apertei para que faltasse ar, onde consegui por alguns segundos, mas não suportei, foi maior que eu.

Soraya: — Você — disse enquanto soluçava de chorar.

Simone: — Me — disse tentando respirar — mate-

Tirei minhas mãos de sua garganta, onde logo depois ela tosse e massageia seu pescoço.
Vejo minhas mãos, com nojo.
A observo, com pena.
Eu iria matar o meu grande amor por raiva, mesmo que ela tenha me feito sofrer.

Soraya: — Desculpa… — me afastei.

Simone me observou e confirmou com a cabeça, Sentou-se no chão e começou a chorar.

Simone: — Me perdoe — disse aos prantos — Eu não-

Ela tentava respirar em meio ao choro desordenado, mas não conseguia com facilidade, então tentei ajudar.
Me sentei ao seu lado e comecei a ensinar exercícios de respiração.
com o passar do tempo, ela de tranquilizou, me olhou nos olhos e me abraçou, apenas correspondi mesmo sem ânimo.

Simone: — Minha mãe…

Soraya: — O que tem ela?

Simone: — Ela me usou pra isso.

Soraya: — Ãh?

Simone: — Ela queria que eu te fizesse mal entrando nesse processo, mas já era tarde quando quis sair.

Ela me explicou, um pouco atrapalhada, mas me explicou. Eu não tive muita reação, só fiquei com ela até ela ficar tranquila o suficiente para me garantir que não iria morrer por conta própria.

Soraya: — Me perdoe por tudo isso.

Simone: — Eu que devo um pedido de desculpas.

Soraya: — Já passou, prefiro fingir que nada disso aconteceu.

A abracei e ela voltou a chorar, infelizmente não conseguiu se acalmar naquela noite, a mesma eu tive que passar com ela para me garantir que iria está viva pelo menos naquele dia.

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Oi galera, os capítulos estão curtos, mas é pq eu n estou com criatividade e ainda perdi ideias que eu tinha. Além do mais, meu tempo está curto, voltei para o if :(((

beijo, amo todos

Amor, ódio e o fio da morte (SIMORAYA)Onde histórias criam vida. Descubra agora