SIMONE
Eduarda: — Mãe, você não precisa esconder as coisas, tá? — sorriu.
Eduarda está há dias querendo que eu conte a verdade sobre sua mãe, mas eu não vou dizer. Não digo nem morta.
Simone: — Eu não estou escondendo nada.
Eduarda: — Está bem…
O sinal tocou e saímos da sala.
Eu já tinha liberado a turma mais cedo, então ficamos conversando na sala enquanto não dava o nosso horário.
Soraya nos encontrou e sorriu.
Soraya: — E essas carinhas? — arrumou algumas pastas nos braços, mudando de posição.
Simone: — Que caras?
Soraya: — Aconteceu alguma coisa?
Eduarda: — Sua namoradinha me esconde algo em relação a meu parentesco.
Soraya arregalou os olhos por um momento e depois fingiu de desentendida.
Soraya: — Por que ela esconderia algo desse tipo para você? — nos acompanhou até a saída.
Simone: — Alguém que enfim me entende.
Eduarda: — Soraya não vale, ela é sua namorada. Mas, respondendo sua pergunta… Suspeito que ninguém queira me deixar saber da verdade.
Soraya: — E qual seria essa verdade? — olhou para Eduarda.
Eduarda: — De que minha mãe biológica me odiava e nunca me desejou como filha, me abandonou.
Soraya absorveu e evitou olhar para mim, mas quis dar um toque de que isso seria mentira mesmo sendo verdade.
Soraya: — Bom, eu acho que você está errada…
Eduarda: — Por quê?
Soraya: — Se sua mãe biológica não gostasse de você, teria motivos, mas eles nem existem. Fora que sua mãe nunca esconderia algo assim de você.
Eduarda: — Isso não foi convincente.
Soraya: — Pra mim é, não faz sentido uma mãe odiar um filho por nada.
Eduarda: — Talvez odeie por ser um filho indesejado?
Soraya: — Você foi? — olhou para Duda com seriedade.
Eduarda olhou para Soraya dos pés a cabeça e não deu respostas.
Soraya: — Responda. Você foi? — disse sem demonstrar indelicadeza.
Eduarda: — É isso que preciso saber.
Soraya: — O que você sabe até agora?
Eduarda: — O contrário do que eu desconfio.
Soraya: — Eu prefiro acreditar na versão que você sabe por meio da sua mãe. Não coloque essas coisas na cabeça pois não existem.
Eduarda apenas ingeriu a resposta e seguiu conosco. deixei ela em casa e voltei com Soraya para a casa de dona Martha.
Simone: — Obrigada por ter ajudado.
Soraya: — Saiba que não concordo com isso.
Simone: — Já conversamos sobre isso…
Soraya: — Você não deveria esconder isso dela. É direito dela saber a verdade e saber o quanto você ama ela.
Simone: — Não abra sua boca para nada. Não diga nada a ela.
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Amor, ódio e o fio da morte (SIMORAYA)
Fanfic#1 EM "SISI"🥇 #1 EM "SENADO" 🥇 #2 EM "FICGAY" 🥈 De 2007 a 2009, lembranças, amores e momentos dos quais são gravados na mente de Simone prevalecem, uma mulher jovem da qual não supera seu antigo relacionamento as escondidas, tanto que nunca seque...