Capítulo 34

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SIMONE

Eduarda: — Mãe, você não precisa esconder as coisas, tá? — sorriu.

Eduarda está há dias querendo que eu conte a verdade sobre sua mãe, mas eu não vou dizer. Não digo nem morta.

Simone: — Eu não estou escondendo nada.

Eduarda: — Está bem…

O sinal tocou e saímos da sala.

Eu já tinha liberado a turma mais cedo, então ficamos conversando na sala enquanto não dava o nosso horário.

Soraya nos encontrou e sorriu.

Soraya: — E essas carinhas? — arrumou algumas pastas nos braços, mudando de posição.

Simone: — Que caras?

Soraya: — Aconteceu alguma coisa?

Eduarda: — Sua namoradinha me esconde algo em relação a meu parentesco.

Soraya arregalou os olhos por um momento e depois fingiu de desentendida.

Soraya: — Por que ela esconderia algo desse tipo para você? — nos acompanhou até a saída.

Simone: — Alguém que enfim me entende.

Eduarda: — Soraya não vale, ela é sua namorada. Mas, respondendo sua pergunta… Suspeito que ninguém queira me deixar saber da verdade.

Soraya: — E qual seria essa verdade? — olhou para Eduarda.

Eduarda: — De que minha mãe biológica me odiava e nunca me desejou como filha, me abandonou.

Soraya absorveu e evitou olhar para mim, mas quis dar um toque de que isso seria mentira mesmo sendo verdade.

Soraya: — Bom, eu acho que você está errada…

Eduarda: — Por quê?

Soraya: — Se sua mãe biológica não gostasse de você, teria motivos, mas eles nem existem. Fora que sua mãe nunca esconderia algo assim de você.

Eduarda: — Isso não foi convincente.

Soraya: — Pra mim é, não faz sentido uma mãe odiar um filho por nada.

Eduarda: — Talvez odeie por ser um filho indesejado?

Soraya: — Você foi? — olhou para Duda com seriedade.

Eduarda olhou para Soraya dos pés a cabeça e não deu respostas.

Soraya: — Responda. Você foi? — disse sem demonstrar indelicadeza.

Eduarda: — É isso que preciso saber.

Soraya: — O que você sabe até agora?

Eduarda: — O contrário do que eu desconfio.

Soraya: — Eu prefiro acreditar na versão que você sabe por meio da sua mãe. Não coloque essas coisas na cabeça pois não existem.

Eduarda apenas ingeriu a resposta e seguiu conosco. deixei ela em casa e voltei com Soraya para a casa de dona Martha.

Simone: — Obrigada por ter ajudado.

Soraya: — Saiba que não concordo com isso.

Simone: — Já conversamos sobre isso…

Soraya: — Você não deveria esconder isso dela. É direito dela saber a verdade e saber o quanto você ama ela.

Simone: — Não abra sua boca para nada. Não diga nada a ela.

Amor, ódio e o fio da morte (SIMORAYA)Onde histórias criam vida. Descubra agora