Capítulo 27

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SORAYA

Decidi que vou retornar às salas de aula.
como professora de inglês? não, como professora de direito.

Eu sou advogada administrativa e administro a empresa do meu pai junto com Stefan, mas eu decidi não quebrar mais a minha cabeça com dois homens e dessa vez voltar ao que eu tanto gosto, que é ensinar.

Faz um tempo que eu fiz a prova… o resultado sai hoje. Na verdade, agora.

Simone: — E aí? — se aproximou.

Eu convenci essa louca a voltar para as salas de aula também e, acreditem, ela aceitou.
Estou na cadeira do escritório da casa dos meus pais esperando esse resultado igual louca.

Soraya: — Saiu do ar — faço biquinho.

QUE ÓDIO!
Ela viu o meu biquinho de raiva e deu uma bitoquinha.

Simone: — Até com raiva é linda, como que pode? — Disse sorrindo e me abraçando por trás.

Soraya: — Haha! Está bem, vou acreditar.

Simone: — Mas eu não estou mentindo, estou falando a mais pura verdade.

Eu fiz a prova para a mesma universidade que Simone, ela já sabia que iria passar pois foi onde ela trabalhou antigamente, tinha contatos e… enfim, mas comigo é outros 500, só fui aluna.
Fiquei igual louca durante essas últimas semanas para estudar e tentar essa vaga.

Soraya: — Segundo lugar! — sorri.

Simone: — Parabéns, meu bem — beijou minha bochecha.

Soraya: — Você tá em primeiro! hummm…

Simone: — Esse primeiro lugar nem é tãooo — enfatizou — válido assim, você merecia mais que eu.

A lista de aprovados era aleatória, independente da área. Eram 3 vagas para direito administrativo e eu passei em primeiro dentre os três, mas a lista vai aleatoriamente em relação aos pontos. Fiquei com a mesma nota que Simone, 986. Na verdade, ela tirou 986,1 mas eles arredondam quando isso acontece.

Simone: — Próxima semana ajustamos a papelada para voltar — sentou a polpa da bundinha na mesa de madeira escura.

Soraya: — Sinto que você só fez essa prova porque eu perguntei. Você realmente queria voltar para as salas de aula?

Simone: — Eu prefiro.

Soraya: — Tem certeza?

Simone: — Depois de tudo que aconteceu, eu quero tentar continuar sem me meter. Entende?

Acho que entendi.

Soraya: — Está bem.

Simone: — Fora que eu iria ter mais garantia em relação a… — entregou os dedos, se referindo a dinheiro.

Soraya: — Realmente. Eu só queria me livrar mesmo da empresa problemática do papai e voltar ao que eu realmente gosto de fazer.

Simone: — Seja verdadeira, você queria trabalhar sem seu irmão — sorriu.

Soraya: — Também — Dei uma leve gargalhada.

Ah, hoje faz um mês que estamos juntinhas! Claro, como namoradinhas, né? porque juntas faz meses.

Simone: — Aproveitando que hoje saiu esse resultado e… bom, você deve saber.

Soraya: — Eu sei — mordi meu lábio inferior enquanto sorria — tem ideia de programação?

Simone: — Não tenho ideia, mas escolha algo legal, hum?

Soraya: — Está bem, eu vejo algo legal.

Amor, ódio e o fio da morte (SIMORAYA)Onde histórias criam vida. Descubra agora