SIMONE
Aperto o botão do elevador e subo.
Me olho no espelho e ajusto o decote do meu terno.
O elevador abre.
Dou um passo adiante e observo a secretária.— Bom dia, doutora!
Não a respondi, estava concentrada demais para prestar atenção.
— Bom dia, doutora Tebet — sorriu.
Simone: — Bom dia.
Eu estava vestida com uma calça social preta, um terno, sem nada por baixo a não ser o sutiã que mantinha meus seios suspensos, e um salto da mesma cor.
— Vossa excelência pensou na proposta? — Apertou minha mão.
Observei ele, observei também a mesa de Carlos e olhei novamente para ele.
Simone: — Eu preciso de mais tempo.
— Eu entendo vossa excelência, mas nós também precisamos de respostas.
Simone: — É um caso delicado, eu preciso estudar cada detalhe, até porque não quero entregar um trabalho mal feito.
— Claro.
Simone: — Retorne na próxima semana, está bem? — sorri.
O telefone do escritório tocou, mas eu ignorei por alguns segundos.
— Como quiser, doutora — ajustou as mangas da camisa de botão, apertou minha mão e saiu do escritório.
Eu estaria traindo meu melhor amigo pegando este caso, defendendo o homem que tentou matar ele, estaria traindo Soraya, ela iria pagar na mesma moeda, da mesma maneira que um dia me traiu.
Simone: — Meu Deus! — Olhei para o teto — O que eu faço?
Carlos, na verdade, faleceu por insuficiência cardíaca. Ele sabia que iria morrer, sabia que poderia se tratar, mas simplesmente se negou a contar isso para a família e só eu soube disso, ainda assim tive que manter minha boca fechada.
A tentativa de matá-lo não deu em nada, e obviamente quem tentou matar ele foi Henrique, o do caso que ele perdeu dias antes de morrer.
Este homem é o advogado do homem que foi pago para matá-lo, me procurou pois precisa de mais alguém, mas não sei se tenho forças suficiente para trair Carlos dessa maneira mesmo que ele não esteja mais aqui.
O telefone tocou novamente, era a secretária.
Simone: — Oi! me perdoe, eu estava ocupada.
— Doutora, a senhora Soraya Thronicke está aqui e gostaria de falar com vossa excelência.
Simone: — A deixe entrar.
Depois de alguns segundos, escuto a porta abrir e entrar um vento mais quente, era ela.
Soraya ainda vestia preto mesmo que fizesse um pouco mais de um mês da morte de Carlos, ainda está inconformada, não consegue superar ele.Simone: — Bom dia.
Ela observa a mesa que Carlos ficava comigo no trabalho, ela observa atentamente como se tivesse visto uma assombração.
Simone: — Está tudo bem?
Soraya: — Só tem nós duas aqui?
Simone: — Bom, nesse espaço sim.
Ela reprimiu o cenho, olhava para a mesa extremamente atenta, como se estivesse visto alguém ali.
Simone: — Você prefere sair?
Soraya: — Não, apenas me dê um tempo.
Observei ela parada de frente a porta por uns 2 minutos, ela olhava fixamente para a cadeira, mas logo parou de observar.
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Amor, ódio e o fio da morte (SIMORAYA)
Fanfiction#1 EM "SISI"🥇 #1 EM "SENADO" 🥇 #2 EM "FICGAY" 🥈 De 2007 a 2009, lembranças, amores e momentos dos quais são gravados na mente de Simone prevalecem, uma mulher jovem da qual não supera seu antigo relacionamento as escondidas, tanto que nunca seque...