Capítulo 2

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SIMONE

Simone: - Carlos? Bom dia! - o abracei - me perdoe pela inconveniência de ter te mandado mensagem ontem à noite.

Carlos: - Que isso! - Sorriu - Não se preocupe, você sabe que eu não vejo problema quanto a isso.

Carlos César é um grande amigo meu, às vezes acho que a consideração que ele sente por mim supera um pouco, é um tratamento de irmão mesmo.

Carlos: - Bom, você queria falar sobre o... - Estalou seus dedos próximo a cabeça.

Simone: - Henrique Aguiar, 27 anos...

Carlos: - Claro! Eu queria mesmo falar sobre esse caso com você.

O caso do Henrique é um caso de extrema delicadeza e eu acho que não vou conseguir dar conta desse caso, terei que delegar para ele.

Simone: - Caso extremamente delicado, não me sinto segura de pegar um como esse, Carlos.

Ele pegou os papéis que tinha em sua mesa, era sobre o rapaz em questão.

Carlos: - Realmente... Você quer passar esse caso para mim?

Simone: - Você tem certeza? - Demonstrei preocupação.

Carlos: - Já defendi casos desse tipo, não são fáceis, mas tenho experiência - analisou os papéis - certo... Se você quiser, eu posso defender.

O rapaz em questão já é envolvido em 3 crimes, responde em liberdade por um deles, que é o porte ilegal de arma, mas ainda tem o tráfico e uma morte em questão, justamente a de um policial.

Carlos: - Esse rapazinho merece bons anos.

Apesar de defender esse tipo de comportamento diante de um juiz, abominamos isso dentro dessas quatro paredes do escritório, passamos horas falando sobre esses casos.

Carlos é um amigo meu muito fiel, conto tudo para ele, a menos alguns segredos dos quais não possuo permissão e nem me vejo na obrigação de contar, mas 90% de todos os meus segredos estão sob conhecimento de Carlos.

Nos conhecemos na faculdade, ele seguiu caminho como advogado e eu ainda fui professora, mas vi que meu lugar era pondo em prática tudo que eu ensinava.

O telefone de Carlos vibrou, vi duas notificações e uma delas era do seu whatsapp, era uma ligação.

Carlos: - Oi! Aconteceu algo? - Levantou da cadeira de escritório e saiu.

Sentei-me na cadeira de rodinhas preta e levei meus pensamentos em outro rumo, saí de casos criminais para a pessoa que eu amava, sempre amei e ei de amar. Lembro de todos os momentos que tive com a esperança de novos semelhantes ao passado.

Como gostaria de ter novamente aqueles lábios, aquele corpo bem desenhado, os olhos em contato com os meus. Ora, eu tenho que parar com isso.

Meu telefone acendeu, era Rodrigo.

Rodrigo: - Mana nem te conto
Rodrigo: - Tás ocupada??

Sorri e neguei com a cabeça.
Rodrigo é um ex aluno meu, mas trancou a faculdade para fazer biomedicina, não se encontrou em Direito.

Simone: - Estou, Rodrigo.

Rodrigo: - Preciso me encontrar com você
Rodrigo: - Pra te contar as fofocas

Simone: - Hum...
Simone: - Me encontre nesse endereço

Enviei o endereço e bloqueei meu telefone assim que Carlos retornou ao escritório.

Carlos: - Era Soraya - fechou a porta e sentou-se em sua cadeira.

Simone: - Aconteceu algo?

Carlos: - Não, ela me ligou para saber sobre um cartão - começou a rir - nesses dias eu estou falindo.

Amor, ódio e o fio da morte (SIMORAYA)Onde histórias criam vida. Descubra agora