Capítulo 31

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SORAYA

Simone: — Eu só preciso que você ao menos tenha respeito por elas. Não vou forçar vocês a serem como madrasta e enteada, mas que ao menos tenham respeito umas com as outras.

Soraya: — Eu não confio nas suas filhas.

Tudo me diz que elas vieram por um único motivo… elas querem acabar com Simone e eu a todo custo.

Simone: — Você não vê que o nosso relacionamento pode está acabando por uma cisma sua que sequer existe? Duda gosta de você, Fernanda faz o que você deveria fazer-

Soraya: — É essa mesmo, a Fernanda. Na verdade, a doçura de sua filhinha mais nova — disse com tom de deboche — sempre me soou irônico, como se estivesse querendo forçar simpatia para enfim fazer o que tanto querem que é acabar com nós duas.

Simone: — De onde você tirou isso?

Soraya: — Só você não enxerga isso, Simone. A menina me odeia-

Simone: — Por que você deu essa liberdade. Você que começou a implicância.

Soraya: — Eu ou elas? — Virei de costas a Simone.

Simone: — O quê?

Soraya: — Escolhe. Eu ou elas?

Simone: — Você não está fazendo isso-

Soraya: — Escolha!

Simone me olhou dos pés à cabeça, negou e deu um sorriso cínico.

Simone: — Não faça isso comigo, você sabe-

Soraya: — Eu quero que escolha entre elas e eu.

Simone: — Eu sou incapaz de realizar essa escolha, Soraya. Eu te amo e amo minhas filhas!

Soraya: — Prove que me ama, deixe essas meninas viverem longe de nós duas.

Simone me encarou com desgosto, arrumou o terno com a ponta dos dedos e observou a saída.

Simone: — Você vai se arrepender por ter feito essa pergunta.

Soraya: — Então-

Simone: — Eu escolho elas — me afastou de sua frente educadamente.

Assenti absorvendo a resposta.
Ela caminhou até a porta, a abriu e em seguida saiu de casa.

Martha: — Você a perdeu por uma besteira sua. Parabéns — segurou meus ombros.

Mamãe me virou para ficar diante de sua face e observar os olhos desgostosos olhando nos meus.

Martha: — Você não deveria ter feito isso. Tsc, tsc, tsc — resmungou enquanto se negava a crer no que aconteceu.

Soraya: — Não posso fazer nada se ela não quer acreditar-

Martha: — Soraya, filha. Eu conversei com as meninas, elas são incríveis! jamais fariam algo contra você e Simone.

Soraya: — É o que você pensa contra o meu pensamento.

Martha: — Me perdoe, Soraya. Mas você vai conversar com Simone ainda hoje e aceitar essas meninas. São filhas de sua namorada, filhas! não são qualquer pessoa, estão dispostas a aceitar tudo para está ao lado da mãe-

Soraya: — Por que tem tanta certeza de não serem pessoas qualquer?

Mamãe ficou calada.

Soraya: — Ah! a senhora não vai me responder?

Martha: — Você não tem o direito de separar as filhas que tanto amam uma mãe.

Soraya: — Mãe — sorri — Simone não passa de uma tia que aceitou cuidar delas para não morrer de fome.

Amor, ódio e o fio da morte (SIMORAYA)Onde histórias criam vida. Descubra agora