Capítulo 1

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SORAYA

Carlos: - Bom dia, amor! - abraçou-me - como dormiu?

César sem dúvidas faz-me sentir as melhores coisas da vida, um homem cheio de qualidades, que me faz sentir felicidades em seus beijos e carícias.

Soraya: - Dorm bem, amor. Bom dia - dei um beijinho em seu queixo.

César retribuiu meu carinho com beijo em minha testa.
com certeza ele é o homem da minha vida, mas sinto que falta algo e não é de agora...
Arrumei o seu terno e a gravata que estava usando, enquanto ele me observava com um sorrisinho bobo.

Carlos: - Estou indo ao trabalho, tá? - Beijou-me a boca - qualquer coisa, você liga.

Soraya: - Tá certo. Bom trabalho.

Faz um pouco mais de 10 anos de nosso casamento, no total, 12 são de relacionamento. Nesses últimos 3 anos, decidimos tentar filhos, mas acabei descobrindo que ele é infertil, infelizmente.

Pensamos em adoção, mas faz cerca de 2 anos que estamos na fila e nada, sempre temos fé e esperança de dar lar e amor para uma criança, mas nunca nos vem essa oportunidade.

Em compensação, existe uma sobrinha do meu marido que sempre nos visita e é um doce de criança. Revira essa casa de ponta cabeça? Sim, mas não deixa de ser o nosso xodó.

São 7:43 e eu preciso sair para comprar uma roupa para o batizado de um sobrinho meu, ainda não sei como vou, mas eu vou.

Peguei as chaves do meu carro, abri a porta de casa e inspirei o ar puro da manhã de terça-feira. Odeio as terças, mas não posso tirá-las do calendário.

Dirigi até uma loja de roupas e... Simone? Vou fingir que não a vi, caso contrário-

Simone: - Soraya? - olhou para mim com dúvida - Ah, tudo bem? - se aproximou.

Simone é uma grande amiga de César além de ser minha ex-professora de Direito.

Soraya: - Estou indo, e você? - sorri.

Não gostaria de tê-la encontrado aqui, mas tudo bem.

Simone: - Estou ótima. E Carlos, como ele está?

Soraya: - Está bem. Vocês não se viram ontem? - Ajustei minha bolsa em meu corpo.

Simone: - Não tive oportunidade, estou correndo contra o tempo com outros trabalhos - colocou as mãos nos bolsos da calça e sorriu.

Simone trabalha com César, ambos são advogados criminalistas e... ora, eu tenho pavor dessa área, ainda bem que escolhi administrativa.

Eles trabalham no mesmo prédio jurídico, são colegas de anos. Às vezes a encontro no escritório de casa conversando com Carlos, mas não me aproximo muito, converso vagamente quando a encontro dessa maneira.

Soraya: - Ah, que coisa... Bom-

Meu telefone vibrou na hora.

Soraya: - Perdão... - Tirei meu celular do bolso, era César - Ah, preciso atender. Depois nos falamos.

Ela acenou e saiu, eu atendi o telefone.

Soraya: - Aconteceu alguma coisa?

Carlos: - Quer sair comigo hoje à noite? - escuto barulho de caneta.

Eu sorri e fiz uma cara de alívio, até porque ele não costuma me ligar no horário de serviço.

Soraya: - Onde você quer ir? - disse ao andar na loja de roupas.

Carlos: - Ah... Se quiser escolher, pode escolher.

Soraya: - Eu não sei escolher essas coisas, amor - dei uma leve gargalhada.

Amor, ódio e o fio da morte (SIMORAYA)Onde histórias criam vida. Descubra agora