Capítulo 13

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Shiza P.O.V

E já era mais um ponto para mim.

Nossa, a pele dele era incrivelmente sensível, eu sabia que o alfinete estava afiado mas não ao ponto de magoar alguém, afinal fui eu que o coloquei lá, embora que óbvio, foi com cuidado.

Eu pagaria milhões para poder reviver aquele momento, o êxtase no rosto dele enquanto que eu chupava o dedo dele, o meu querido professor, era algo que obviamente daria todas as minhas poupanças para ver de novo.

— Shiza...- Ele tirou rapidamente o dedo da minha boca, e sim, foi notório o quanto o seu tom de voz mudou.

— Ah, me desculpe eu só...- Falei já baixando o meu olhar com uma falsa vergonha. — Não era intenção que o senhor se magoasse, e no fim das contas a culpa é minha porque eu perdi esse alfinete que a minha mãe me deu quando eu era pequena, tudo isso só aconteceu porque eu sou sentimental demais e não consigo desapegar de coisa tão frouxas como essa...me desculpe...eu...- Falava rapidamente com falsa dor.

— Não, não...- Ele levantou o meu rosto com o dedo que outrora estava na minha boca. — Não se sinta culpada por isso...

E eu claramente não me sentia.

— Não é culpa sua eu ter me magoado, e por favor não se martirize por ser tão apegada a algo tão importante, é uma prensa da sua mãe, não fique com vergonha de gostar disso é uma coisa muito normal...

Eu nem gostava daquilo, eu sequer sabia o que era, e de forma alguma foi a minha mãe que me deu, eu havia visto aquela coisa estranha na Shein a um preço bem acessível e comprei pensando que futuramente talvez eu precisasse, felizmente eu estava andando com aquilo na bolsa e foi um bom pretexto para eu voltar para essa casa maravilhosa que daqui a bem pouco tempo será minha também.

— Não é a mesma coisa senhor...- Falei me levantando e ainda assim virando o olhar para longe. — Talvez o senhor realmente não entenda...

— Mas é claro que entendo...- Ele se levantou também. — Você não pode pensar que eu sou assim tão insensível...- Falou e eu permaneci em silêncio.

Ele sorriu olhando para o meu rosto com falsa dúvida.

— Tudo bem, venha...- Ele passou por mim indo em direção ao seu escritório e eu o segui. Posto lá, ele sentou na sua secretária e sorriu mais uma vez antes de abrir a sua segunda gaveta e procurar por algo. — Eu vou lhe mostrar que você não é a única pessoa que é apegada a coisas bobas que pessoas importantes deram para você...mas por favor não ria de mim... - Falou enquanto procurava e eu me orgulhei ainda mais de mim.

nossa, naquela noite eu estava pegando fogo, primeiro chupando o dedo dele e agora sabendo mais sobre a sua vida pessoal que nem a internet sabe.

Eu merecia um Nobel.

— Isso...- Ele tirou um ursinho de pelúcia azul daquela gaveta, ele não era tão grande, mas estava muito bem conservado, embora também se notasse que foi muito usado. - Eu ganhei da minha mãe quando eu tinha apenas cinco anos...- Ele sorriu. — Na época eu estava muito triste porque o meu irmão estava adoecendo muito fácil e a gravidez dele já tinha sido de risco, então eu meio que me sentia culpado, porque eu claramente não sabia, era uma criança, mas então...- Ele levantou o ursinho. — A Minha mãe me comprou esse ursinho e disse que se eu o demonstrasse a ele todo o amor que eu sentia pelo meu irmão, ele claramente ficaria bem...e bom, eu era uma criança, imediatamente acreditei e curiosamente também, o meu irmão ficou bom.

Então ele tem um irmão...bom saber.

— Não consigo perceber se o senhor ainda ama o seu irmão...- Falei e ele me olhou sem entender.

O Professor EndiabradoOnde histórias criam vida. Descubra agora