Capítulo 32

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— Não. - Ela falou se afastando de mim e droga! Eu quase fui descoberto. — O professor só estava perguntando se eu vi o Ataíde. - Falou quando ele se aproximava. — O que você poderia estar interrompendo? - Perguntou rindo fraco.

Ela sempre ria daquele jeito?

— Eu vi o Erick andando com ele em direção ao hotel. - O Roy falou quando nos alcançou e entregou uma taça colorida para a Shiza.

— Ah, obrigado, Roy. - Falei já me afastando da Shiza mas ele ainda me olhava daquela forma desconfiada e cética.

Tudo que eu menos precisava era que o Roy começasse a pensar que existe algo entre ela e eu.

No final das contas eu me sentei perto do bar que eles montaram lá na praia pensando em nada em específico enquanto esperava pelo Erick quando a Aurora se aproximou.

— Parece que você não está tendo uma boa noite.

— Você não vai melhorá-la. - Falei me esquecendo por um momento que era uma pessoa com educação.

— Será que não? - Perguntou ao se sentar perto de mim e eu ameacei me levantar mas ela tocou o meu braço levemente.

— Espere...- Pediu e eu olhei para ela. — Eu não vou incomodar você. - Falou e eu olhei cético para ela. — Acredite. - insistiu e eu me sentei novamente. — Obrigada. - Ao me sentar, eu sabia perfeitamente que ele não pararia por aí e que ela provavelmente ainda diria mais coisas, mas pela expressão que ela fez, provavelmente não seriam tão desagradáveis. — Você não pode estar constantemente fugindo de mim só porque eu não sou a Shiza.

Ah, pois...

— Não, Will, espere...- Falou. — É sério, tudo que eu estou tentando fazer é só me desculpar com voce. - Falou e eu franzi o cenho para ela. — Tudo bem...tudo bem, digamos que eu meio que não estou fazendo isso da maneira mais acertada possível, mas eu estou tentando, você não tem noção como é difícil para mim encarar você quando eu ainda tenho tantos sentimentos por você. - Falou e eu olhei para ela sem acreditar.

— Foi você que me fez um monte de ameaças, Aurora.

— Sim , mas você precisa entender que eu era muito jovem.

— Isso foi há três anos atrás.

— E? - Perguntou.— Eu estava com medo, você foi e é até agora a minha primeira paixão. Eu estava...sei lá...disposta a tudo só para não perder você.

— E você achou que me chantagear era a melhor escolha?

— Eu amo você, Will. - Falou me fazendo abanar a cabeça em negação.

— Como você pode amar alguém que você manipula como bem entender como se fosse seu fantoche? - Perguntei. — Aurora, você é formada em psicologia clínica.

— Eu não estou dizendo que não sou. - Falou. — Eu estou dizendo que para mim é e foi muito difícil saber distinguir o certo do errado, eu só não queria perder você.

— Mas como diabos isso é possível? A gente estava bem antes de você começar com as suas chantagens e manipulações. Como você sequer afirma que me manipulou para não me perder quando você não estava nem no caminho de me perder...e...sinceramente. - Eu abanei a cabeça. — Trazer esse assunto à tona não muda a história.

— Mas eu não preciso que mude. - Falou me olhando com uma expressão de pena.— Eu só acho que por causa daquilo, você meio que está com um certo ódio de mim.

— Odiar você?

— Sim, eu sinto que o nosso relacionamento nunca será saudável porque você está com essa magoar enorme dentro do seu peito e eu lamento. - Falou. — Eu lamento imenso por ter deixado você nessa posição. Eu sempre soube que você gostava de mim, as pessoas podem até julgar por você ter sido meu professor na época e eu sua aluna, mas é claro que eu sabia sobre a profundidade dos seus sentimentos por mim. - Quando ela falou aquilo, eu simplesmente olhei para ela.

O Professor EndiabradoOnde histórias criam vida. Descubra agora