Capítulo 36

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A noite do casamento tinha finalmente chegado.

Aquela maldita noite.

Eu não estava minimamente interessada em fazer parte daquilo, mas eu não podia deixar quieto o que o professor estava fazendo comigo, não sabia se ele estava pensando que aquilo é uma lição ou alguma coisa, mas se aproximar demasiado daquela mulher já estava começando a me deixar irritada.

Não era engraçado.

Eles estavam se aproximando demais, conversando demais, lindo demais, ele podia pensar que aquilo provavelmente era só para me afetar, mas aquela mulher...ela estava se aproveitando.

— Sabe o que você pode vestir hoje? - A Emma perguntou olhando para mim. — Algo assim preto, pra combinar com as profundezas de escuridão que tem no seu coração, se é que você tem um.

Eu às vezes me esquecia daquele ser humano irritante.

— Tirou o dia para lembrar da minha existência? - Perguntei rindo fraco e ela sorriu ainda mais para mim, de maneira debochada.

— Sabe, eu gosto muito do Will, acho que você não tem noção, seriamente...- Pausou. — Acho que você nunca teria, afinal tudo o que você sente é uma obsessão doentia pelo seu professor, você nunca saber distinguir amor disso que você sente ou acha que sente pelo William. - Falou meio séria, mas logo continuou a rir. — Mas continuando, eu gosto muito dele, e sinto muito ciúme quando uma qualquer vem pra cima dele. — Falou olhando para mim com todos os maus pensamentos possíveis. Como se aquilo fosse do meu interesse. — Mas a Eloise, é simplesmente surreal. - Falou pensando alto. — Ela é perfeita, é formada, trabalha, vida estável, saudável, linda, educada, sofisticado, dotada de inúmeras qualidades, humilde, atenciosa, amorosa, simpático, simplesmente perfeita para ele. - Falou quando em algum momento eu me desliguei da voz irritante dela.

E pensar que eu ainda esperei que ela fosse dizer alguma coisa importante ou útil.

— Ah...não, não se desligue. - Ela veio bem na minha frente e me olhou com petulância. — É mesmo para você ouvir, não pense que eu estou me dando ao trabalho de gastar a minha voz falando para você porque tenho vontade.

Então cale a boca.

— Mas você precisa saber, na verdade eu acho que você já sabe, não?

— Não faço ideia do que você está falando. - Falei ainda com o falso sorriso.

Era incrível as coisas que eu era obrigada a aturar bem como o veneno que eu era obrigada a engolir para não estragar a minha relação com os futuros membros da minha família.

Mas sério, quando o professor e eu estivemos juntos, essa garota vai para longe.

— Você não sabe que existem mulheres mil vezes melhores, menos mesquinhas, manipuladoras, falsas, cínicas, sociopatas..

Quantos elogios.

— E tudo de mal, mil milhões de vezes melhores que você, que o William pode gostar ao invés de você, então, é bom ir tirando o seu cavalinho da chuva, pois você nunca vai ficar com ele, nem nos seus mais devassos sonhos. - Falou terminando com um sorriso ridículo.

Eu dei um passo em direção a ela, já segurando o que eu ia vestir e sorri ao parar bem de frente a ela.

— Se eu realmente não faço parte das possíveis escolhas do professor...porque você está se dando ao trabalho de me alertar que ele nunca vai ter olhos para mim? - Perguntei e sem esperar uma resposta sair daquela boca irritante, eu simplesmente entrei no banheiro e me tranquei.

Já estava na hora de eu ficar perfeita.

Não sabia de quem era o casamento, mas eu estava muito disposta a chamar todas as atenções para mim.

O Professor EndiabradoOnde histórias criam vida. Descubra agora