Capítulo 30

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Má, eu vim pra te dizer que ela é má, definitivamente

Má, teimosa, escandaloso e malvada, definitivamente

Shiza

Até que ele não beijava mal.

Mas vocês sabem que era só para dar uma lição ao professor.

Pelo Ataíde eu não sentia muita coisa, mas ele me tratava bem e era um misto de safadeza e inteligência, o que era agradável. Tenho a máxima certeza que ele um dia encontrará uma garota boa para ele e que fará ele feliz, eu claramente não sou essa pessoa e nunca serei.

Eu só o estou usando em prol dos meus objetivos, eu sei que algum dia alguém faria, então só estou me adiantando. E bom, ele estava se divertindo com aquilo então, tecnicamente os dois estávamos aproveitando.

— Acho que estou ficando cada vez mais viciado. - Falou quando o nosso beijo cessou e eu sorri para ele.

— Espero que esteja falando só dos beijos. - Ele riu.

— De tudo em você. - Falou e eu olhei para ele de maneira vidrada.

Realmente, ele era uma pessoa de bem, era triste o que eu estava fazendo com ele, mas eu não podia simplesmente dizer a verdade e mandar ele pro espaço, ele é uma peça fundamental no meu plano. Que pessoa ficaria feliz ao saber que o seu irmão está tirando de você a pessoa que tanto gosta?

Exato.

Ninguém.

Por isso mesmo é que ele não pode ser dispensado tão rápido assim.

— Eu acho que é melhor a gente voltar...- Falei. — Se não, ainda vão pensar que você está se aproveitando de mim...

— Quão mau seria isso? - Perguntou rindo e já estávamos indo para a mesa quando eu me dei conta que não estava com o meu celular. — Ah, eu esqueci algo...- Falei soltando a mão dele. — Pode voltar para a mesa que eu já vou lá ter, vou aproveitar e passar no bar também a minha bebida acabou...

— Deixa que eu faço isso. - Falou ao me soltar e eu sorri para ele.

Eu entrei no banheiro e realmente, havia esquecido o meu celular por cima da pia. Me olhei mais uma vez no espelho e endireitei o meu vestido. Eu tinha colocado aquele vestido de maneira proposital para testar a paciência de alguém específico. Espero que tenha funcionado.

Quando estava saindo do banheiro, eu já estava me dirigindo para o fim do corredor e finalmente estava indo para o lado iluminado quando senti um puxão enorme pelo braço e fui prensada contra a parede sem nem ter tempo de resistir que já fui severa e brutalmente beijada.

Ele estava puto.

As nossas línguas se moviam como se estivessem em uma guerra, uma das suas mãos estava na minha nuca enquanto que a outra me puxava para perto mantendo os nossos corpos colados um no outro.

— Espere...professor...- Eu falei quando ele finalmente largou o meus lábios e colocou a sua atenção no meu pescoço, o que não estava me deixando muito concentrada. — Nós estamos...estamos...alguém pode vir e...- Sem eu nem terminar, ele voltou a me beijar. Com facilidade me colocou no colo e abriu uma porta qualquer que eu sequer sabia que tinha ali.

Quando entramos, as luzes estavam claramente apagadas, mas quando ele voltou a me prender contra a parede consegui notar que se tratava de uma arrecadação pois eu bati em algumas vassouras.

— Professor...- Sussurrei quando as mãos dele passeavam pelo meu corpo me deixando mais e mais extasiada. Estava muito escuro, mas eu sentia o olhar dele sobre mim e Deus...como eu sempre quis que ele me tocasse daquele jeito.

O Professor EndiabradoOnde histórias criam vida. Descubra agora