Capítulo 9

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Shiza P.O.V

E já era um ponto para mim.

Quem diria que uma saída com a Elise terminaria com o meu querido professor por cima de mim? Tudo bem que não é da forma que eu gostaria, mas o meu esforço daquela noite não foi em vão.

O corpo dele por cima era...Deus...ele era quente, e a quantidade de livros que caíram por cima das suas costas também estavam fazendo um trabalho lindo em fazer os nossos corpos encaixarem ainda mais. E se ele tivesse se magoado ou quebrado alguma coisa, era um bom pretexto para eu ficar por mais tempo, quem sabe até passar a noite.

— Deus...- Ele gemeu de dor e meio envergonhado pela posição em que nos encontrávamos. — Por favor me desculpe. - Pediu ao se levantar, tirando os livros das suas costas com muita facilidade.

— Ai...- Gemi de dor quando ele tentou me fazer levantar.

— O que foi? Você se machucou? - Perguntou preocupado e eu representei ainda mais.

— Não acredito que seja grave mas as minhas cost...ai...- - Voltei a gemer.

— Ah droga! - xingou. — Me desculpe senhorita, é que...- Ele abanou a cabeça em negação. — Venha, eu tenho uma maleta de primeiros socorros, pode ser que eu ache algum creme ou remédio. - Pediu me ajudando a levantar.

Eu claramente não estava com dor alguma, era só cinismo mesmo, mas se fosse para eu pensar em dor, pensaria na forma bruta como o meu corpo despertou quando ele caiu por cima, não só despertou como aqueceu.

— Não se preocupe senhor, não é nada grave... - Falei após me sentar no sofá.

— Não, nada disso, a senhora poderia ter se magoado a sério, sendo que você está na minha casa, toda responsabilidade cairia em mim.- Falou apressadamente. — Fique aqui mesmo, eu vou procurar a maleta. - Falou uma última vez antes de sair disperso para onde só ele sabia e enquanto isso eu desarrumei ao máximo a minha roupa, de modos a que ele pensasse que foi pelo choque passado.

Vendo que ele demorava, eu me levantei momentaneamente e fiquei  reparando a casa.

Era deveras chique, já havia feito uma reparada quando entrei, mas ainda não tinha me acostumado com o quanto de dinheiro aquela casa exalava. Me perguntava se ele tinha conseguido tudo aquilo somente sendo professor.

— Aqui... - Ele chegou rapidamente carregando uma pequena maleta de primeiros socorros nas mãos.

— Me espanta que o senhor tenha uma dessas em casa. - Falei fazendo ele me olhar confuso. — Os homens não são conhecidos como os seres mais organizados. - Falei fazendo o entender ele riu.

— Na verdade, também não fui eu que coloquei isso aqui, foi a Mayra.

Novamente esse nome..

— Ela é muito prestativa e se preocupa demasiado com o meu bem estar.

Será que é só mesmo com o bem estar que ela se preocupa?

— É na verdade tudo que eu poderia pedir em uma assistente.

Pois. Talvez, só talvez, eu devesse fazer uma visitinha a essa tal de " Mayra".

— Será que você pode me dizer onde dói?

No meio das minhas pernas.

Sorri internamente, pois eu ainda não podia dizer aquilo. Não queria ser rotulada como uma aluna obsessiva e psicótica, embora isso não fosse de todo mentira.

— Doi em quase toda a parte.

Sim, aquela também era uma boa resposta.

— Bom...- Ele engoliu em seco. — Eu não sou médico, e não sei se ao fazer o que quero fazer vai ajudar de algum jeito, que é passar uma pomada relaxante, mas pode me dizer apenas onde dói mais? só para a gente diminuir o desconforto que você pode estar sentindo.

O Professor EndiabradoOnde histórias criam vida. Descubra agora