Mais tarde naquele dia Shinichiro questionou pela primeira vez o que ele tinha que fazer para ter Takemichi em sua vida pra sempre já que Mansaku, poucos meses antes, disse que eles teriam que se afastar antes que Shinichiro completasse seus dez ano...
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Masataka Kiyomizu não estava tendo um bom dia. A reunião de ontem na Toman não foi como as outras. Muito pelo contrário. Ele viu uma oportunidade de ganhar respeito dentre as fileiras quando a reunião foi interrompida pelo moleque. Sim, era ótima. Desde que ele entrou sob o comando de Pah-chin na terceira divisão a reunião só foi interrompida uma vez e Mikey, seu comandante, havia deixado o intruso machucado a ponto de ele ser arrastado para o hospital por seus companheiros desesperados. Então quando o garoto entrou se achando por conhecer alguém, e dane-se se era da primeira divisão, ele o viu como a chance que pediu aos deuses. Ele notou o comandante ficar olhando como um fracote para o garoto, com uma expressão que misturava admiração e surpresa, mas não se ligou nisso. A única coisa que importava era o respeito que ganharia dele, afinal, não era burro em não reconhecer que ele era forte. Sua posição e como era conhecido deixavam isso claro.
Mas o idiota o fez passar vergonha. Sim, o derrubando com uma facilidade enorme e tratando ele como se não fosse nada. Se ele encontrasse com o tal Take, como foi referido pelo figurante da primeira divisão, ele não apenas bateria nele, mas o deixaria desfigurado a ponto de nem mesmo seus familiares o reconhecerem. Kiyomasa sorriu enquanto balançava seu bastão de metal de um lado para o outro. O cigarro pendendo em sua boca já acabado.
Uma das lutas que tinha organizado já havia começado. Um garoto chorão que estava levando uma surra sem o mínimo esforço de um de seus lacaios. Seu sorriso aumentou ainda mais ao pensar o quanto seria bom se o comandante e o vice comandante reconhecessem sua força e a de sua gangue, lhe dando uma divisão e uma posição como capitão. Sabia que os dois estavam olhando a luta de hoje, havia os visto chegar. Próximo deles estava aquele outro figurante da primeira divisão.
— Muito fraco — Ouviu um dos seus homens resmungar quando sangue saiu do colegial que o enfrentava, ou servia de saco de pancadas. Se Kiyomasa soubesse que seus superiores estariam ali teria arranjado uma luta melhor. Alguém melhor para enfrentá-lo e ele exibir sua força. Não um idiota qualquer que já estava roxo, coberto com o próprio sangue e lagrimas.
— Atsushi-chan — Uma voz cantada se sobressaiu a toda gritaria que os que estavam assistindo criaram. A luta e todos pararam para olhar o loiro que descia as escadas com as mãos no bolso. Kiyomasa sorriu selvagem ao reconhecer o garoto como o de ontem, novamente a oportunidade estava ali — Foi mal te deixar apanhar, eu meio que fiquei preso em um assunto.
— Takemichi-san, não pensei que realmente viria — o ruivo que estava apanhando caiu de joelhos olhando para o loiro como se ele fosse um deus, sua salvação. O que realmente era.
— Eu falei que ia acabar com esse circo todo — Takemichi sorri divertido, ele chegou ao lado do colega e o ajudou a levantar e andar até as escadas, o deixando ali e logo olhando para Kiyomasa parecendo uma criança animada — Eu gosto de apostas! você gosta? — Ele não esperou resposta — Vamos apostar! Se me vencer eu te deixo em paz. Se eu vencer você para de ser um cuzão e colocar outros para lutar para sanar sua masculinidade frágil. Que tal?
