Mais tarde naquele dia Shinichiro questionou pela primeira vez o que ele tinha que fazer para ter Takemichi em sua vida pra sempre já que Mansaku, poucos meses antes, disse que eles teriam que se afastar antes que Shinichiro completasse seus dez ano...
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— Pensei que o Draken-kun estaria contigo — Takemichi comentou assim que fechou a porta de casa e encontrou Mikey o esperando na moto.
— Não posso levar meu namorado em um encontro com ele junto!
— Mikey-kun, não somos namorados — Takemichi balançou a cabeça com um sorriso, subiu na moto do mais baixo.
— Namora comigo então? — Os olhos de Mikey brilhavam, a certeza de que de teria uma resposta positiva. Takemichi riu.
— Não Mikey-kun, não namoro com você.
— Eh? Por que não? Sou o namorado perfeito para você.
— Ainda é um não — Takemichi segurou na cintura de Mikey, mas ele não entendeu que era para saírem e se virou para olhar o oxigenado com um bico.
— Por que não?
— Mikey, eu de verdade estou querendo gostar de ti, mas um namoro é algo muito sério. Namorados devem se apoiar e incentivar, eu estaria ao seu lado para tudo e vice-versa, só que eu não posso fazer isso contigo.
— Não precisa entrar na Toman só porque namoramos.
— Esse também é um ponto, mas não o mais importante. Eu não posso incentivar e apoiar seus objetivos Mikey. Admiro sua vontade, mas não posso.
— Você não acredita em mim? — Takemichi abriu e fechou a boca algumas vezes, desviou o olhar.
— Mikey-kun é muito forte, pode conseguir transformar Toman em máfia sim — O Hanagaki admitiu — Mas não é questão de acreditar. Eu não vou estar ao seu lado em uma guerra contra Yakuza.
— Você não precisa estar ao meu lado na guerra. Só de ter você do meu lado na minha vida pessoal é o suficiente para mim.
— Mas não para mim. Ou estou ao seu lado em tudo ou não estou, entende?
— Mas você disse que já estava na minha guerra.
— Claro que estou. Chifuyu é meu primo, por exemplo. Minha família. Tudo que ele está, eu estou. E se minha família entrar em guerra pode ter certeza de que estarei na linha de frente contra o inimigo — As safiras voltaram a encarar os olhos negros, tentando passar toda intensidade e sinceridade de suas palavras — Eu serei o primeiro a ir à luta, sempre serei.
— Não entendo.
— Não entenda — Takemichi sorriu — Vamos, você disse algo sobre um encontro não é?
[...]
Mikey olhava para Takemichi como um idiota, admitia. O garoto era perfeito de mais formas do que conseguiria contar, estava apaixonado. Fodidamente apaixonado. Mas as coisas estavam tão confusas. Mesmo admirando enquanto ele estava sentado na grama ao seu lado, olhando a paisagem após um dia inteiro juntos em um encontro que planejou nos mínimos detalhes, sua mente insistia em lhe lembrar da conversa de mais cedo.