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— Não entendo por que estamos aqui — Takemichi resmungou subindo em cima do balcão

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— Não entendo por que estamos aqui — Takemichi resmungou subindo em cima do balcão. Cruzou os braços e as pernas, as bochechas infladas.

— Porque um cliente me ligou. Já te disse isso — Shinichiro fez seu melhor para não olhar para Takemichi, sabendo que ao fazer isso se distrairia do trabalho. O de olhos azuis não havia ficado quieto por um segundo desde que acordaram.

— Um cliente que não vai pagar o suficiente nem para jantar no seu restaurante favorito.

— Eu não tenho a oficina por isso monstrinho, você sabe. Entre Hanagaki e Sano a última coisa que eu preciso me preocupar é dinheiro. Rei faz questão de me pagar muito bem pelos meus serviços e vô jamais deixou faltar qualquer coisa que eu queira. Trabalho porque gosto.

— Deve ser maravilhoso poder trabalhar abertamente em algo que ama. Eu amo matar estupradores, mas infelizmente não é um emprego que o governo vê com bons olhos.

— Não que isso te impeça — Shinichiro deu de ombros

— Não que isso me impeça — Takemichi concordou. Por alguns minutos ficaram em silencio, antes do mais novo bufar — Isso é tão chato. Vamos matar alguém?

— Vai lá. Tenho que terminar isso aqui.

— Ah não Shiro, é minha folga, quero fazer algo contigo!

— Bem, é sua folga, não minha. Fiquei a semana inteira com a oficina fechada acompanhando Tita nas missões.

— Me acompanhou porque quis, eu falei para não ir várias vezes. Ai agora que eu não tenho que trabalhar você não pode me dar atenção.

— O que aconteceu monstrinho? — Shinichiro largou a ferramenta e pegou um pano para limpar as mãos, se virou para o mais jovem — Eu lembro que você gostava de ficar aqui me vendo trabalhar.

— E eu ainda gosto Bruxo. Mas agora eu estou com tedio.

— Então vai matar alguém e volta aqui. Você não leva meia hora para isso.

— Eu não quero matar alguém.

— Foi o que você sugeriu para fazermos — O Sano deu de ombros indo até a vitrine e baixando a cortina, o sol da manhã pegaria exatamente onde ele estava trabalhando em alguns minutos e lhe atrapalharia.

— Exato. Nós, não eu.

— Então decida algo para fazer — Baixou a outra cortina.

— Eu não quero.

— Mas está com tedio.

— Muito! — Takemichi quase gritou.

— Então...

— Eu não quero! — O Hanagaki decretou interrompendo Shinichiro que suspirou pesadamente enquanto baixava a cortina da porta.

— Em momentos como esse eu me pergunto se você só sabe ficar quieto com um pau na boca — Não era para ser uma provocação maliciosa, era apenas a força do hábito. Mas ao se virar piscou surpreso.

Eu que mando aquiOnde histórias criam vida. Descubra agora