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Takemichi estava sentado na escadaria do templo, o que já havia se tornado costume, enquanto Mikey e Draken presidiam uma reunião da Toman

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Takemichi estava sentado na escadaria do templo, o que já havia se tornado costume, enquanto Mikey e Draken presidiam uma reunião da Toman. Havia voltado a uma semana para Shibuya e Sanzu o acompanhou, Kai satisfeito o suficiente com o que viu para fazer uma missão que apareceu antes de vir para essa região treinar o novo guardião.

Shinichiro também retornou com ele, voltando para sua vida dupla que já não devia ser mais dupla. Takemichi não gostava nenhum pouco de Shinichiro se colocando em perigo com missões de assassinato que não eram necessários que ele fizesse. É claro que entendia que Shinichiro Sano era o segundo na linhagem considerando que Mansaku Sano deveria ter sido um titã, deixando seu posto mês antes de assumir como rei por causa de uma mulher de fora da Yakuza. Chifuyu poderia ser seu primo, mas era adotado e somente o sangue tinha direito.

Mas sendo ele forte ou não, capaz ou não, o segundo na linhagem ou não, Shinichiro não tinha a tatuagem da família, ele nunca achou justo que ele fizesse e o mais velho respeitou seus desejos. Após a semana ele descobriu também por que, o Sano aceitava as missões para não ter que se afastar dele, e se o próprio Takemichi não tivesse pedido para a maldita tatuagem não ser feita ele a teria sem problemas.

Se lembrava bem de quando o pediu isso. A tatuagem lhe traria enorme poder, mas muito risco, e quando era pequeno, quando as informações estavam apenas começando a ficar em sua mente e estava conhecendo mais de Shinichiro e não sabia de suas várias facetas, achava que ele estava se colocando em um perigo que não podia aguentar.

Ingênuo.

Shinichiro era excepcional. Não é à toa que se apaixonou por ele sem nem saber o que estava acontecendo. Se lembrava também disso, de conversar com seu pai sobre como se sentia quando via o mais velho. De como pensava nele. E como sentia coisas ao vê-lo lutar. Era por detalhes assim que parou de assistir quando Kai e ele se enfrentavam. E ninguém jamais pensaria que o rei fraco conseguia confrontar o segundo, mas era real e lindo de assistir. Talvez por isso que agora que ele tinha seu guardião Kai seria o do segundo na linha.

Takemichi olhou para Mikey. Tinha uma chance muito grande de se apaixonar pelo Sano mais novo, se deixasse isso acontecer. Mas quanto mais tempo passava ao lado dele mais notava que Shinichiro estava certo. Era uma relação fadada ao fracasso. Não por não conseguir conviver com o que precisaria fazer, estava acostumado a fardos pesados, mas porque era um segredo impossível de manter. Um dos lados descobriria e uma guerra aconteceria de um jeito ou de outro.

Mas ele ainda estava a mês de seu aniversario de 18 anos, um mês da vida de Takemichi Hanagaki, um adolescente inconsequente e irresponsável. Nesse mês ele poderia deixar rolar, ver onde iria dar. E então quando a maioridade trouxesse um peso maior a suas ações dentro e fora da família, aí poderia bater o martelo quanto a ser ou não possível continuar se envolvendo com Toman.

Esperava que sim, eram boas pessoas, legais e leais. Ele sabia apreciar essas qualidades.

Mas que Mikey corria perigo ele corria. Shinichiro estava abusando de seu posto como noivo e o beijava, mandava mensagens, abraçava e presenteava como se um final não fosse opcional. Junte isso ao fato dele ele ser o responsável por tornar todos os seus tipos, bem, seus tipos, e a paixão que já nutriu por ele e então Mikey pode nem ser uma opção em um mês.

Eu que mando aquiOnde histórias criam vida. Descubra agora