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𝐒𝐨𝐟𝐢𝐞 𝐉𝐨𝐡𝐧𝐬𝐨𝐧-

  Já são cinco e meia da tarde, o céu já está tingindo-se de uma cor amarelada, e o vento que entra pela janela dessa enorme mansão, se torna gélido.

Pesquisamos, estudamos, argumentamos, escrevemos e editamos a tarde inteira. Ainda falta outros assuntos para abordarmos neste seminário, mas por hoje, é só.

Estamos sentados no tapete de veludo da enorme sala-de-estar, Kaio está com os olhos murchos de cansaço que ainda estão focados no notebook digitando metade do trabalho para ser mostrado em PDF, e eu estou ao seu lado com vários livros de história em minha frente e em cima de mim, observando o belo rapaz concentrado.

- Acho que é isso por hoje. - suspira pesadamente e fecha o notebook.

Seu olhar se direciona à mim, e um mini-sorriso ocupa seus lábios finos.

- O que foi? - me desperta.

Agora que percebi que, ele está me olhando desta forma pois eu estava o-cecando.

- Perdão. Eu estava em outro mundo. - pisco algumas vezes.

- Está com fome? - põe o notebook de lado, e se levanta, estendendo a mão para mim.

- Bom... - sou interrompida pelo barulho de meu celular em cima do sofá vibrando, mostrando que alguém está ligando.

Olho para o celular imaginando ser Lya, ou meus pais.

- Vou atender, já vou para a cozinha com você.- aviso.

O garoto concorda e sai.

Pego o celular, e noto o nome "Davi" estampado na tela.

Ok Sofie, já chega de fugir.

Respiro fundo e atendo.

- Alô. - digo, ouço alguns ruídos.

- Oi Sofie. Pode falar agora? - diz baixo.

- Estou ocupada agora, podemos falar outra hora?

- Não. - fala seco. Apenas respiro fundo e mordo os lábios.

- Eu realmente não posso agora. - ensisto.

- Por quê?

- Bom...

- Sofia, fiz sanduíches. - Kaio diz se aproximando com dois pratos.

Arregalo os olhos e ele entreabre a boca, notando que não deveria ter falado nada.

- Ocupada, não? - Davi diz irritado. - Então faz um favor, some da minha vida e vai para a puta que pariu. Você não serve para bosta nenhuma e eu nem sei porque pensei que teríamos volta. Vai se foder, Sofie.

- Davi, eu... - silêncio. Ele desligou.

Olho frustada para o celular, e Kaio põe os pratos em cima de uma mesa de vidro e vem até mim.

- Quem era?

- Meu ex-namorado. - falo desanimada.

- Me desculpa, Sofia. Eu não queria intemrronper, eu... - me olha preocupado.

- Tudo bem, Kaio. A culpa não é sua. - tranquilizo.

- Posso dar-lhe-te um abraço? - pergunta desconfiado.

- Ah, sim. - ele me cerca com seus longos braços e me conforta em um abraço.

É bom sentir um pouco de calor humano, principalmente na situação que me encontro; Quebrada e vulnerável.

À Sua ProcuraOnde histórias criam vida. Descubra agora