𝐂𝐡𝐫𝐢𝐬𝐭𝐢𝐚𝐧 𝐋𝐞𝐰𝐢𝐬-
Droga, droga, droga.
A sensação de estar drogado é surreal para momentos como esses.
Depois de mais uma briga, mas uma tentativa inválida de sair do mesmo teto que aquela víbora — chamada Ísis — e mais uma decepção com meu próprio pai e irmão por defenderem ela, e não a mim, estou completamente embreagado.
Estou sentado na sacada do meu quarto olhando para a piscina lá em baixo.
Revivo minha dor todo estúpido segundo da minha existência. Queria poder tirar isso de mim, queria poder parar. Minha única ajuda no momento, é a maconha e as bebidas.
Minha visão está turva, mas ainda tenho equilíbrio de ficar sentado aqui, quando eu não tiver mais, eu caio daqui de cima. Eu não dou a mínima.
Imagens passam sem-cessar em minha mente, e eu ouço vozes. Não é qualquer lembrança, e nem qualquer voz.
"- Para! está machucando! - pedia chorando."
Não importa quanto o tempo passe, isso se torna cada vez mais audível para mim. Essas lembranças se intensificam e as vozes aumentam.
Eu era uma criança! A porra de uma criança! Eu só precisava de amor e carinho, não de facadas, ponta-pés e socos! Muito menos de cortes profundos!
Saio da sacada, e entro no meu quarto, zonzo pelo álcool e pela droga.
Vou até meu abajúr e jogo com força contra a parede, fazendo o mesmo se despedaçar, causando um estrondo.
Me deito em minha cama, e fecho os olhos.
"Não me culpe por querer me livrar de você. Para mim, você não tem nenhuma serventia, e eu não vou parar até acabar com você, e seu paizinho querido não vai me impedir!"
Me encolho na cama, e tampo meus ouvidos, em uma tentativa de parar essa tortura que se repete mil vezes em minha cabeça.
"Você é um monstro, Christian. Um monstro!"
"Monstro! Monstro! Monstro!"
" Por que você não morre?"
- Já chega! - grito alto entre soluços tentando abafar as vozes.
"Seu monstro."
- Para, por favor! - imploro antes de apagar de vez como em um desmaio.
Escuro.
(...)
Corro animadamente pelo corredor. Hoje é mais um dia que meu papai vai sair de casa para trabalhar, isso me deixa triste.
Estamos brincando de esconde-esconde enquanto ele ainda está em casa. Ele se escondeu no andar de cima, em algum lugar que ainda não encontrei, mas sinto que estou perto.
- Pai? - digo sorrindo enquanto abro a porta do quarto de meus pais. - Vou achar você! - digo cantarolando.
- Buuu! - me assusto e começo a rir quando meu pai aparece em um pulo do banheiro.
- Achei você! - digo rindo quando ele me carrega e beija o topo da minha cabeça.
- Chris, agora papai vai ter que ir trabalhar, tá? - avisa-me.
- O senhor vai demorar? - digo tristonho abraçando o homem de terno.
- Volto daqui a dois dias. Vai ser rápido, meu filho. - olho triste. - Papai promete não demorar, tá bom? - mostra o mindinho.

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À Sua Procura
Romance𝒔𝒐𝒇𝒊𝒆 𝒋𝒐𝒉𝒏𝒔𝒐𝒏, 𝒖𝒎𝒂 𝒋𝒐𝒗𝒆𝒎 𝒆𝒔𝒕𝒖𝒅𝒂𝒏𝒕𝒆 𝒆 𝒍𝒆𝒊𝒕𝒐𝒓𝒂 𝒒𝒖𝒆 𝒗𝒊𝒗𝒆 𝒔𝒆𝒏𝒅𝒐 𝒐𝒑𝒓𝒊𝒎𝒊𝒅𝒂 𝒑𝒆𝒍𝒂 𝒊𝒓𝒎𝒂 𝒆 𝒑𝒐𝒓 𝒂𝒍𝒈𝒖𝒏𝒔 𝒕𝒓𝒂𝒄𝒐𝒔 𝒕𝒐𝒙𝒊𝒄𝒐𝒔 𝒅𝒆 𝒔𝒆𝒖𝒔 𝒑𝒂𝒊𝒔, 𝒔𝒐𝒏𝒉𝒂 𝒆𝒎 𝒆𝒏𝒄𝒐𝒏𝒕𝒓...