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𝐒𝐨𝐟𝐢𝐞 𝐉𝐨𝐡𝐧𝐬𝐨𝐧-

- Meus pais gostaram de você, isso é bom. - digo enquanto caminho ao lado de Kaio em direção da sala de aula.

- Que bom. Me senti bem inseguro de não agrada-los. - desabafa passando uma mão em seus cabelos-claros lisos.

- É meio impossível, Kaio. Você é muito gente boa, dificilmente alguém não gostaria de você.

Entramos na sala, e cumprimentamos o professor que está revisando alguns trabalhos impressos em sua mesa, antes da aula começar.

Sentamos próximos um ao outro, e voltamos a conversar assim que arrumamos nosso material.

Sinto um aperto no peito assim que olho em  meu celular, e noto que está tarde para a entrada no colégio. Ou seja, já fecharam os portões, o que significa que Lya vai faltar novamente.

- Está tudo bem? - Kaio me olha preocupado e pega em minha mão, acariciando-a.

- Lya não veio hoje de novo. - solto frustrada.

- Ela entrou em contato com você?

- Não. Não nos falamos a dois dias. - minha preocupação é notável agora.

- Depois da aula, podemos ir atrás dela. O que acha? - opina.

- Você me levaria até a casa dela?

- Claro que sim. - me conforta.

Eu sorrio fraco, e recebo outro sorriso.

Meu sorriso morre assim que o Christian aparece e nos olha com uma sobrancelha arqueada como se achasse brega me ver tão íntima do garoto a minha frente. Kaio o-encara sério e eles ficam assim até ele chegar no fundão e jogar a mochila de qualquer jeito na mesa.

Kaio volta a olhar para mim, e faz uma careta, começo a rir com isso.

- Você de fato não gostou dele, não é? - digo para Kaio enquanto observo Chris através da minha visão periférica, e o mesmo está desleixado na cadeira, enquanto desliza os dedos pela tela de seu celular.

- Nem um pouco. - revira os olhos.

(...)

- Vamos, Sofia? - Kaio diz ajeitando sua mochila em sua costa, enquanto andamos até o pátio.

As aulas acabaram, e agora vamos até a casa de Lya.

- Espere, vou ao banheiro. - aviso e ele assente.

Vou até o banheiro com passos apressados, e assim que abro a porta, dou de cara com Kate Cooper.

Finjo que não a-vi, e vou até uma das cabines, mas antes que eu possa chegar...

- Olha! Vejamos quem está aqui. - diz com ironia em seu tom.

- O que quer? - falo sem paciência.

- Ui, calminha aí. - suspende as mãos em rendição e suas amigas cruzam os braços. - Quem deveria estar puta com você, era eu.

- Por...?

- Por você ter invadido MINHA house, e ter entrado em minha cabine, e em MEU banheiro. - cruza os braços.

- O quê? - franzo as sobrancelhas, mas normalizo assim que lembro que ela está falando de domingo. - Ainda está no passado, Katezinha?

- Olha aqui - se aproxima. - Por que você ensiste em entrar no meu caminho? Christian me conta tudo que você fala de mim para ele.

Reviro os olhos.

- Eu não faço merda nenhuma para você, garota chata. - digo indignada.

- Sua existência é tão inútil que atrapalha a existência de pessoas que brilham neste mundo, minha querida. - fala amargamente.

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