Rodolffo Abrantes, filho único de Mafalda Abrantes, nunca conheceu o pai.
Mafalda ainda jovem apaixonou-se por um nobre da região. Viviam uma paixão avassaladora até que esta foi descoberta pelo pai do jovem.
Ao descobrir a paixão do filho pela moça pobre tratou logo de o levar para longe. Mafalda nunca mais teve notícias nem do seu paradeiro.
A família toda abandonou a região. Constou-se que embarcaram num navio rumo ao Brasil mas a certeza ninguém tinha.As propriedades da família mantêm-se. Nunca mais se viu gente por aqui excepto o caseiro que trata da manutenção da propriedade. Questionado sobre o paradeiro do patrão diz que não sabe. Apenas recebe todos os meses um salário para manter a propriedade e o mesmo é remetido por um advogado de Lisboa.
Mafalda ficou só e grávida. Foi expulsa da casa dos pais e valeu-lhe uma prima que a acolheu, porém quis ter o seu filho e recusou deixar o lugar onde cresceu e onde encontrou o amor.
Com muita dificuldade criou o menino. Rodolffo cresceu sem pai mas com muito amor de mãe.
Estudou no melhor colégio pois como bom aluno conseguiu uma bolsa de estudo. Agora após terminar o liceu queria cursar direito.
Rofolffo e Juliette conhecem-se desde sempre.
Mafalda foi trabalhar para casa dos Magalhães tinha Rodolffo 2 anos, precisamente quando Ju nasceu.
Dona Verónica gostou dela e contratou-a para ajudá-la com a menina.Rodolffo frequentava a casa mas nunca passou da cozinha no entanto as duas crianças sempre frequentaram as mesmas escolas. Dona Verónica, escondida do marido, sempre ajudou Mafalda para que o Rodolffo tivesse uma educação boa.
Os dois jovens eram apaixonados um pelo outro no entanto em público nunca o demonstraram por medo de reacção de Artur de Magalhães, pai da Ju.
Hoje era um mau dia para Rodolffo. A sua Ju fazia a sua festa de aniversario e ele nem os parabéns lhe conseguiu dar.
Pediu ajuda à sua mãe mas ela pouco podia fazer.
Aborrecido foi caminhar pelo campo. Deitou-se à sombra de uma àrvore e olhava o céu.
Pensava na vida mas as perspectivas não eram boas.Seguia o sonho de ser advogado e teria que partir para estudar no Porto ou ficava e abdicava do sonho para ficar perto dela.
Mas ficar como se ele nem uma profissão tinha? E partir também era doloroso. Ainda pensou que ela tivesse convencido o pai a deixá-la ser médica e então ela teria que ir também para o Porto ou para Coimbra.
Olhou ao seu redor para o campo florido e resolveu colher algumas flores para levar à Ju.
Escreveu um pequeno bilhete e pediu à mãe que lhe entregasse. A mãe como não tinha acesso ao reservado da festa deixou o buquê em cima da cama da Ju.
Ele a pensar nela e ela a pensar nele.
Juliette já a festa decorria há horas, estava deveras aborrecida. Não tinha conseguido ver o Rodolffo. Precisava de comunicar com ele.
Preparou uma cesta com vários bolos, biscoitos, frutas e outras coisas da sua festa. Juntou uma fatia do seu bolo de aniversário, escreveu um bilhete a Rodolffo e foi entregar a Mafalda para lhe levar.
M - Obrigada menina Ju. Tem uma coisa lá no seu quarto em cima da cama. Muitos parabéns.
Enquanto os dois sofriam, o pai da Ju analisava os vários candidatos a genro.
Quesitos principais: solteiro de família nobre, independentemente do carácter e com património elevado.
Já tinha seleccionado alguns incluindo um sobrinho seu, um pouco doidinho e que aos 27 anos nunca lhe foi conhecida nenhuma namorada.
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Lágrima
Fanfiction《Cheia de penas cheia de penas me deito e com mais penas com mais penas me levanto No meu peito já me ficou no meu peito esse jeito o jeito de te querer tanto ..... Se eu soubesse se eu soubesse que morre...