Capítulo 34

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Juliette ficou 3 dias no hospital.  Eu por conta de ser médico pude ficar no quarto com ela.  Fazia o meu trabalho e depois ia ficar com as duas.

Hoje era dia de voltar para casa.  Constança estava bem e a Ju também.

À chegada tínhamos nossos pais à espera para conhecer a neta.  Para não as cansar eu pedi que ninguém fosse ao hospital.
Enquanto esperaram prepararam um autêntico banquete para nós.
Aproveitámos e almoçámos todos juntos.

Ju terminou de almoçar e subiu para o quarto.  A menina estava a dormir e ela aproveitou para descansar também.

Fiquei fazendo companhia aos avós mas terminado o almoço pedi para eles irem embora.  Não era bom muita gente nos primeiros dias.
Connosco não havia cerimónia.   Dizíamos directamente o que queríamos e ninguém se ofendia.

A minha mãe e minha sogra disponibilizaram-se para tudo o que fosse possível.   Combinaram entre as duas prepararem as refeições e mandarem entregar-nos.  Tínhamos a Maria mas mesmo assim elas quiseram.

- Só durante um certo tempo disse eu.  Depois a Ju decide.  Por enquanto eu aceito por ela estar mais frágil e para dar atenção à bébé.
Quando ela decidir não querer mais, vocês param, está bem?

Ambas concordaram e lá ficaram as combinar quem fazia o quê.

R - Ju, hoje vou registar a Constança.
Queres nome composto ou apenas Constança?

J - Constança Inês de Magalhães e Amorim.

R - Só.  Mais nenhum sobrenome?

J - Só esses.  Se vamos por todos a coitada quando for para a escola enquanto os colegas terminam a prova ela ainda está a escrever o nome.

Rodolffo soltou uma gargalhada que logo foi abafada quando percebeu que a menina estava ali a dormir.

Já tinham passado 4 meses desde o nascimento da bébé.

A Ju não tem estado muito bem psicológicamente.  Anda mais introvertida.  Vive para a filha.  Temo até que ela esqueça que tem marido pois últimamente a nossa interacção tem sido nula.

Eu tento ser carinhoso com ela mas não recebo o mesmo carinho da parte dela.

Dorme quando a filha dorme e quando acorda o tempo todo é para Constança.

Sinto muito a falta dela mas não reclamo.  Sei que as mulheres passam por diversas fazes no antes e  pós parto.

Juliette deitou a bébé e foi tomar banho.  Eu aproveitei e apareci atrás dela.  Abracei-a e ela deixou-se ficar.

R - Tenho saudades tuas disse beijando-a no pescoço.

J - Eu também mas não está fácil.   A minha cabeça é um turbilhão.   Desculpa ter me afastado mas eu amo-te.

R - Eu sei.  Vamos ultrapassar isto juntos.  Passei sabão nas mãos e comecei a explorar o corpo dela.  Era a nossa primeira vez depois do parto.

Ela fazia o mesmo comigo.  Estava tudo tão bom como dantes.  Talvez daqui para a frente tudo volte ao quase normal.  Com uma bébé nada é como dantes.

Fizemos amor no chuveiro e depois na cama.

R - Amor está tudo bem?  Não te magoei.  Ainda estás sensível.

J - Não magoaste não.  Não senti desconforto nenhum.

R - Que bom.  Vamos dormir que daqui a pouco o despertador acorda para comer.

Demos um beijo quente e fomos dormir de conchinha como antigamente.

Não tinha passado duas horas e Constança já barafustava.

A Ju completamente ensonada levantou-se e sentada na cama começou os preparativos para a filha comer.

Eu fui buscá-la ao berço, entreguei-lha e fui preparar a fralda para depois mudar.

R - Ju, a Constança devia aguentar mais entre cada mamada.  Será que ela não come o suficiente?

J - Eu acho que come.  Ela mama nos dois peitos mas por vezes adormece antes de acabar.

R - Temos que estar atentos para não a deixar dormir.  Não come o suficiente por isso só aguenta duas horas e tal.
Vamos ver agora como ela vai mamar.  Se mamar bem tem por obrigação só acordar lá para as 7 horas da manhã.

Realmente ela mamou o primeiro peito e no segundo tentou adormecer ligo no início.   Rodolffo e Juliette interagiam com ela para não adormecer e ela conseguiu mamar mais.

Rodolffo mudou a fralda e ela adormeceu logo que foi colocada no berço.

R - Vamos ver até que horas.
Volta a dormir, amor, tens que descansar.

J - Tu também.  Tens plantão logo às 8 horas da manhã.

Boa noite



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