Como combinado, Rodolffo chegou no dia seguinte para almoçar. Juliette esperava-o à porta de casa.
Deram um pequeno passeio pelo jardim. Juliette estava bem mais animada que nos últimos dias.
Continuava com os ciúmes de Cátia e por muito que eu não desse motivos ela estava insegura. Para mim era fruto de muito ócio.
Ela precisava urgentemente de uma ocupação.A minha mãe ajudava a associação a que presidia o padre Duarte. Era uma associação que cuidava de crianças pequenas enquanto as suas mães e pais trabalhavam.
Em conversa com ela fiquei sabendo que estavam a precisar de colaboradores.
Enquanto a Juliette não se restabelece totalmente para poder exercer a profissão de professora sugeri que ela procurasse o padre Duarte para ajudar. Ajuda a passar o dia e a ocupar a mente, além de ser prestável à comunidade.
Esta tarde iremos até lá saber mais sobre a associação.
Uma empregada da casa veio avisar de que o almoço estava servido.
Quando cheguei à sala já se encontravam lá Artur e Verónica de Magalhães. Cumprimentei ambos e tomámos assento à mesa.
A conversa variava entre os negócios de Artur, o trabalho de Rodolffo no hospital e as expectativas de Juliette.
R - No hospital vai tudo indo mais ou menos. A falta de mais profissionais é que complica. Os médicos recém formados nem sempre aceitam vir para estas cidades de província. Dizem que nos grandes centros têm mais oportunidades.
Em parte eu concordo mas não troco a paz e tranquilidade desta terra por nada. Nem tudo se resume a bens materiais.J - Eu também quero ser professora aqui. Nunca seria feliz em Lisboa ou no Porto.
A conversa seguia amena. Antes que dona Verónica pedisse para servir o café, Rodolffo levantou-se e pediu a palavra.
R - Hoje é um dia especial para mim. Saber que sou aceite nesta família deixa-me feliz por isso, e porque já o queria ter feito há anos, senhor Artur e dona Verónica! Dão-me permissão de namorar a vossa filha?
Dona Verónica e Artur olharam um para o outro e sorriram.
Artur de Magalhães disse: Ó rapaz! Andas por aí para cima e para baixo com ela a tira colo, não sei já há quanto tempo e agora queres permissão?
Claro que permitimos ou melhor, ela é que tem que responder se aceita.J - Não sei não. Tem muita coisa em jogo como por exemplo umas assanhadas que olham para ele em todo o lado.
R - Pois é. Não posso fazer nada. Mas se a menina Juliette aceitar ser apresentada como minha namorada, elas deixam de cobiçar.
Ele retirou do bolso uma caixinha de veludo e de dentro retirou um lindo anel.
R - Ju! Este anel pertenceu à minha avó que o recebeu da avó dela. Ontem o meu pai deu-mo dizendo que ficaria muito orgulhoso se eu to desse a ti. Aceita-o como prova do meu amor.
Juliette com lágrimas nos olhos abraçou Rodolffo e deu-lhe um beijo na face. Afinal os pais estavam presentes.
Depois de muitos cumprimentos terminaram o café. Tudo estava em paz.
Eu e Juliette fomos falar com o padre Duarte. Juliette concordou em dar algum apoio mesmo que não fosse todos os dias. Poderia começar a ensinar às crianças as primeiras letras e introduzir o primeiro contacto com materiais diversos.
Ficou muito entusiasmada. A associação pensava aumentar o espaço e talvez criar uma escola.
Saímos dali para o nosso lugar predilecto. O castelo. Tanto eu como Ju adorávamos aquele espaço.
Ali sentíamos muita paz.Depois de tomarmos um chá num dos cafés do recinto do Castelo era hora de regressar.
J - Amor! Eu quero ir a um sítio. Estamos perto.
R - Onde. Se for o que eu penso, eu também quero mas não me atrevo a pedir, pensei para mim.
J - Vamos à nossa casa. Há tanto tempo que não vamos.
R - Já voltou a ser nossa? Não era só minha? Que eu saiba a mocinha não a queria.
J - Euuuuu!!! Mentira tua. Nunca disse isso. Não tenho a chave comigo.
R - Eu tenho a minha sempre.
Atravessaram duas ruas e logo estavam na entrada da casa. Rodolffo abriu a porta e Juliette correu a abrir as janelas. Estava um dia lindo de sol e a casa precisava de ser arejada.
Terminada a tarefa Juliette passou os braços à volta do pescoço de Rodolffo e este enlaçou-a pela cintura.
J - Quando podemos morar aqui?
R - Ontem, respondi.
J - É sério Rodolffo.
R - Eu também falei sério. Por mim era logo. Não vejo a hora de vir morar aqui contigo.
Os dois iniciaram um beijo e caminharam até ao quarto.
As coisas foram esquentando. Rodolffo deitou Juliette na cama ficando por cima dela. As carícias e beijos estenderam-se pelo corpo todo. Ambos estavam no ponto máximo de excitação.
Rodolffo começou a despir Juliette e ela não o reteve. Pelo contrário, ela própria começou a desabotoar a camisa dele.R - Amor! Podemos?
J - Eu quero tanto!
Sabendo que Juliette era virgem, Rodolffo tentava ser o mais meigo possível.
Ambos tentavam dar prazer um ao outro.
Juliette sentiu alguma dor e desconforto mas nada que a fizesse desistir. Sentia que aquela era a hora.Terminaram abraçados tentando recuperar o fôlego.
R - Amor! Magoei-te? Desculpa.
J - Quase nada. Está tudo bem. Eu estou feliz.
R - Eu também. Eu quero casar logo. Não precisamos de esperar muito. Já nos conhecemos desde crianças, não vejo necessidade de muito namoro.
J - Quando? Dois meses. Eu quero casar dentro de dois meses.
R - Porquê dois meses?
J - Pensa comigo.
Nós fizemos amor sem protecção. Se eu ficar grávida, com dois meses não se nota e assim que a criança nascer, dizemos que nasceu de 7 meses.R - Cabecinha pensadora. Mas corremos o risco de engravidares?
J - Não estou no período fértil mas, nunca se sabe.
R - Eu também concordo. Dois meses. Até porque eu tenho emprego, tu quase e já temos casa. Não nos falta nada porque amor temos de sobra.
J - Você sobre mim, nós dois sobre a cama, é sobre amor de sobra...
R - É sobre perdoar e nunca mais, ir embora.
Oi.
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Lágrima
Fanfiction《Cheia de penas cheia de penas me deito e com mais penas com mais penas me levanto No meu peito já me ficou no meu peito esse jeito o jeito de te querer tanto ..... Se eu soubesse se eu soubesse que morre...