Juliette subiu rápidamente as escadas até ao seu quarto. Pegou no buquê, cheirou as flores e rodopiou sobre si mesma abraçada ao mesmo
ao som de uma valsa que tocava só na sua cabeça.Abriu o bilhete e leu:
Meu amor
Como eu gostaria de dar-te estas flores e muito mais pessoalmente. Como eu gostaria de poder contar a todos o quanto eu te amo.
Como eu gostaria de pegar na tua mão e levar-te para onde ninguém nos impedisse de estar juntos.Eu sei que muitos espinhos esperam a nossa caminhada. Teu pai jamais me aceitará pois não tenho um tostão mas prometo lutar contra o Mundo para ficarmos juntos. Vamos enfrentar muitos desafios. Eu vou para o Porto mas se Deus permitir e tu quiseres esperar por mim, os dias felizes logo chegarão.
Feliz aniversário meu amor.
Um beijo.Teu Rodolffo.
Juliette beijou o bilhete e guardou-o no fundo do guarda jóias.
Guardou as flores e desceu para o jardim pois o seu pai já a procurava.
Mafalda saiu por um momento afim de levar a cesta que a Ju tinha preparado para Rodolffo. A sua casa era próxima, ninguém daria por sua falta.
Rodolffo estava sentado no quarto com um livro de ciências na mão.
M - Rodolffo! Olha o que a menina Ju mandou para ti!
Ao ouvir aquele nome imediatamente largou o livro e pegou na cesta.
R - Uhmmm! Só coisas gostosas. Obrigado mãe. Agradece à Ju. Como ela está?
M - Conformada com a festa. Não era o que queria, mas, o pai tem outros propósitos. Mafalda também não sabia da relação amorosa dos dois. Sempre os viu quase como irmãos.
R - Que propósitos?
M - Um noivo para Juliette.
R - Nunca! Nós dois vamos ficar juntos.
M - Que conversa é essa, meu filho? Tu e a menina?
R - Sim mãe. Eu e a Ju gostamos um do outro e namoramos. Ela não vai ter outro noivo.
M - Meu filho! Não deixes o patrão saber disso. Deus sabe do que ele é capaz.
R - Ele que nem sonhe afastar-me da Ju.
M - Filho, tenho que regressar ao trabalho. Juízo.
A minha mãe saiu e apressei-me a ler o bilhete da Ju.
Meu amor.
A festa está tão sem graça. Este monte de gente que eu nem conheço. Eu só queria os meus amigos e principalmente tu, aqui.
Não te preocupes se ouvires dizer que o meu pai anda a escolher um noivo para mim. Eu sou tua e só tua. Esperarei o quanto for necessário para ficar contigo.
Aproveita estes petiscos e o meu bolinho.
Amo-te muito.
Tua Ju.
Rodolffo guardou o bilhete sentindo-se amado. Ela estava na mesma sintonia dele.
Pegou no bolo de aniversário e deliciou-se.
A Juliette regressou ao jardim e encontrou o seu primo Rogério. O tal meio doidinho. Já se tinham visto numa outra ocasião e até gostavam de conversar um com o outro.
Os pais de ambos ficaram observando.
Artur de Magalhães e seu irmão eram possuidores de uma enorme fortuna e já noutros tempos cogitaram casar os filhos para que a mesma não se dispersasse.
Como dizem, fica tudo em família.Combinaram em conversar depois sobre o assunto.
O pai de Rogério achava o filho um palerma, incapaz de arranjar uma esposa para que os netos continuassem o nome da família. Viu neste compromisso com a sobrinha a oportunidade até de aumentar o património.
A festa foi dada por terminada e um a um os convidados foram saindo.
Sobrou o Rogério e os pais.
Na despedida Paulo de Magalhães aproveitou e convidou o irmão e família para um jantar na sua propriedade durante o mês seguinte.
Artur logo confirmou a presença de todos.
Juliette nem desconfiava a tramóia que estava sendo orquestrada em relação a ela.
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Lágrima
Fanfiction《Cheia de penas cheia de penas me deito e com mais penas com mais penas me levanto No meu peito já me ficou no meu peito esse jeito o jeito de te querer tanto ..... Se eu soubesse se eu soubesse que morre...