Capítulo 28

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Hoje era dia de nosso passeio.

Acordámos cedo, fizemos nossa higiene e fomos tomar café.

Conforme combinado às 9 horas os nossos amigos chegaram.

Havia tanta coisa para ver.  A cada local o guia ia explicando.

As lagoas naturais de Porto Moniz, as levadas por entre a floresta laurissilva já classificada como património mundial, as várias cascatas,  miradouros, o mercado dos lavradores com as suas vistosas frutas e flores e as casinhas de Santana.

Ainda fizemos a descida nos tradicionais carrinhos de verga manobrados por 2 homens  num exercício quase sobre humano.  Dá medo dá, mas é muito gostoso.

Ao final da tarde dispensámos algum tempo para comprar lembranças para todos.

Convidámos nossos novos amigos para jantar num dos vários restaurantes e de seguida fomos os quatro para uma balada.

A noite foi muito agradável.   A companhia era boa.  Trocámos endereços pois o novo casal ia embora no dia seguinte.

Prometeram que nos visitariam na primeira oportunidade.
Ana e Mário, assim se chamavam já conheciam Bragança de passagem.

Despedimo-nos e seguimos para o hotel.

A noite estava muito agradável.   Juliette estava sem sono.  Apesar do dia cansativo ela não se sentia cansada.
Sentou-se na varanda do hotel e aconchegou-se com uma manta.
Rodolffo sentou-se ao seu lado usufruindo da mesma.

Juliette estava com a cabeça encostada no peito de Rodolffo.   Ela colocou o braço pelos ombros dela e puxou a manta até ao pescoço.

J - Estou a adorar estes dias.   Pena que são só mais dois.

R - Mas depois temos a nossa casinha.  Também vai ser bom.

Juliette levantou a cabeça e Rodolffo deu-lhe um beijo.

J - É.  Vai sim.  Quando regressas ao trabalho?

R - Na próxima quarta feira já tenho plantão à noite.

J - Á noite!  Vai-me custar a habituar a passar as noites sem ti.  E depois quando eu trabalhar de dia e tu de noite nem nos vemos.

R - Tem uma solução.   Não sei se a ideal mas...

J - Qual?

R - Ficares em casa e seres só esposa e mãe.  Felizmente não temos falta de recursos.  Mas essa é uma decisão tua.

Eu sei que o teu objectivo é seres professora mas vais ser o que quiseres.   Isso só depende de ti.  Eu só posso apoiar a tua decisão.
Não quero ser como os nossos pais e avós que reduziram as esposas apenas a donas do lar.

J - Eu sei.  Eu queria fazer isso tudo mas vai haver sempre alguma coisa que não terá o meu melhor.  Eu não quero  falhar em nenhuma das três.

R - Compensamos nos dias em que eu tiver plantão de dia.  Temos as noites só nossas.  Pelo menos enquanto não vier a nossa menina.

J - Ah, tu até já sabes que é menina.

R - Sim.  O nosso primeiro filho vai ser menina e depois dois gémeos meninos.

Juliette olhou para Rodolffo e riu.

J - Gémeos?  Virgem Santíssima.  Não sei se dou conta de um quanto mais de dois.

R - Claro que dás conta.  Vem aqui.  Senta no meu colo que eu quero miminhos.

J - Com três acabam os miminhos num instante.

Ju sentou-se no colo do Rodolffo e iniciaram um beijo.  As mãos dele subiram por dentro da blusa até aos seus seios.

R - Vamos para a cama ou preferes um banho?

J - Banho quentinho de banheira.

Enchi a banheira, sentei-me dentro e a Ju sentou-se na minha frente de costas para mim.

Massagei-lhe os ombros.  Ela recostou a cabeça para trás e quase adormecia de tão relaxada.

Afaguei-lhe os seios e passei para as coxas.  Logo ela se virou para mim, colocou as pernas à minha volta e fazia desenhos no meu peito.  Segurei-a pelas nádegas e puxei-a mais para mim.  Beijei-a nos lábios ao mesmo tempo que me encaixava nela.

Continuámos já debaixo do chuveiro e terminámos na cama que ficou toda bagunçada.






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