Minha mão trêmula toca o metal gelado, encaro a porta de madeira branca à minha frente, respiro fundo tentando ter coragem para abri-la. A maçaneta destrava, empurro a porta lentamente para ter a visão completa do quarto.
Lá estava ela, minha linda mulher. Deitada sobre o colchão com o corpo cheio de hematomas. Fico parado na entrada, sem saber o que fazer, sem saber se devo entrar e me deitar ao seu lado e falar que eu vou resolver tudo isso pela vigésima vez, ou se eu devo deixá-la ter seu tempo.
Seus olhos azuis cruzam com os meus. O azul vibrante que antes se sobressai sobre o branco que a sua esclerótica possui, agora parecia indiferente perto da vermelhidão que rodeava sua íris.
Dou um passo tentando recuar, tentando fugir dessa situação, era para mim estar ao seu lado a reconfortanto mas invés disso eu estou com medo de encará-la. Me dói muito vê-la assim, não era para ela estar sofrendo, eu deveria ter protegido ela. Machucaram a mulher e eu não puder fazer nada.
Não pude fazer nada ainda, pois eu juro por tudo que eu vou encontrar quem fez isso com ela e eu vou me certificar que essa pessoa tem uma morte lenta e dolorosa.
──Deita comigo── sua voz fraca faz meu corpo estremece. Hesito, querendo dar meia volta é ir embora
──Porfavor...── súplica.Meus pés se movem lentamente até a cama, me deito sobre as coberta geladas. Encaro o teto deixando o silêncio desconfortável se instalar entre nós. Sinto ela se mexer, trocando de posição. Pelo canto do olho vejo ela deitada de barriga para cima encarando o teto, exatamente como eu estava.
──Eu estou com medo...── sussurra.
──Eu não vou deixar isso acontecer com você denovo!── afirma.
──Por que eu sinto que cada promessa que estamos fazendo em relação à tudo isso, é irrelevante!?── mexo minha cabeça para lado ──Esses homens pegaram a gente despreparados, sem contar que eles vão sempre estar um passo a nossa frente, estamos sem saída──
──Não, não estamos, vamos virar o
jogo────Eu preciso que me prometa uma coisa── ela vira seu rosto para o lado, me olhando ──Se um dia você tiver que escolher entre à mim e as crianças...Você escolherá as crianças──
──Que? O que você está falando?──
──A vida deles é mais importante── meus olhos estavam arregalados ──Me promete──
──Não, Tris...──
──Me promete... me promete que escolherá eles── um nó se forma na minha garganta. Sua feição deixava claro o quanto ela estava falando sério ──Porfavor me promete...── hesito. Quebro o contato visual, voltando encarar o teto.
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Sem saída || Vinnie Hacker
FanfictionVinnie agora um pai de família bem cuidadoso, vive sua nova vida juntamente com sua esposa e seus filhos. Tentando apagar as sombras do seu passado sombrio, mas sem saber que o perigo sempre volta. E agora com sua família formada Vinnie terá q prote...