Capítulo 18 - Tapa

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Acordei ainda sonolenta, percebendo uma mão pesada em minha barriga me segurando. Sorri ao relembrar da noite passada, ainda incrédula com o que aconteceu. Tudo parecia tão surreal, como se fosse um sonho do qual eu desejava nunca acordar.

Virei-me cuidadosamente para não acordar James e fiquei observando-o dormir tranquilamente ao meu lado. Cada detalhe de seu rosto parecia uma obra de arte que eu queria guardar em minha mente. Desde sua boca levemente rosada até a cicatriz em sua bochecha, as sardas que adornavam seu rosto, formando pequenos pontos marrons claros, e seus cabelos loiros, agora bagunçados, como um reflexo da noite anterior.

Fiquei ali, imersa na contemplação silenciosa, perdida em pensamentos sobre como nossos caminhos haviam se cruzado de maneira inesperada. O quarto estava envolto em um silêncio sereno, e eu me perguntava sobre o que viria a seguir. Sabia que precisávamos conversar, esclarecer sentimentos e entender o que aquilo significava para ambos.

Decidi levantar-me cuidadosamente, não querendo interromper o sono tranquilo de James. Dirigi-me à cozinha em busca de algo para preparar, querendo proporcionar um café da manhã agradável quando ele acordasse. O aroma do café fresco começou a se espalhar pela cozinha, preenchendo o ambiente com uma sensação acolhedora. Eu não tinha certeza do que o dia reservava, mas estava determinada a enfrentar o que viesse da forma mais honesta possível.

O cheiro do café recém-preparado me envolveu quando desliguei a cafeteira. Enquanto eu mexia a colher na xícara, refletia sobre a complexidade dos sentimentos que surgiram em tão pouco tempo. A porta do quarto se abriu, e James apareceu com uma expressão sonolenta e um sorriso tímido ao me ver na cozinha.

— Bom dia — cumprimentei, tentando parecer tranquila apesar da agitação interna.

Ele se aproximou, agradecendo pelo café, e nos sentamos à mesa. Havia uma atmosfera estranha no ar, uma espécie de tensão suave que estava entre nós.

— Dormiu bem? — indagou James, tomando seu café.

— Sim, bastante. Fazia um tempo que não tinha uma noite de sono tão tranquila — respondi, olhando para a xícara de café enquanto pensava sobre isso. A sensação de alívio por ser sábado e não ter que ir trabalhar estava presente.

— Emily, sobre ontem à noite... quer dizer, eu não lembro muito bem, tenho que parar de beber tanto assim, mas sei que algo aconteceu.

Senti um aperto no peito, a incerteza pairando novamente, entre a gente. Realmente James tinha um serio problema com bebida alcoólica, e isso me preocupava um pouco sobre sua saúde.

— James, não precisa se preocupar. Foi uma noite estranha, mas... especial. Estamos aqui agora, e é isso que importa.

Ele me olhou, seus olhos buscando os meus em busca de respostas que nem eu mesma tinha.

— Eu quero te conhecer, Emily. Quero descobrir o que há entre nós. Isso está me deixando maluco, preciso descobrir o que é isso — diz James encarando sua xícara de café.

A incerteza deu lugar a um sentimento de esperança, e eu sorri, pronta para explorar o desconhecido ao lado de James.

— Que tal a gente passar o dia juntos e nos conhecermos melhor? Afinal, hoje é sábado e não temos nada marcado em sua agenda para hoje — falei olhando pra ele um pouco empolgada com a ideia. James me olhou e sorriu concordando com o que eu disse.

— Parece uma ótima ideia, Emily. Um dia sem compromissos de trabalho pode ser exatamente o que precisamos para nos conhecer melhor — diz James um pouco pensativo — faz muito tempo que não vou ao cinema, nem sei que filme está em cartaz.

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