Capítulo 28 - Mensagem misteriosa

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A gravação do videoclipe foi um sucesso, conseguimos gravar tudo em um dia e a equipe estava satisfeita com os resultados. James estava radiante, mas eu ainda me sentia um pouco inquieta com a conversa que tive com Laila. Decidi não mencionar nada para James naquele momento, afinal, não queria adicionar mais preocupações ao seu dia.

Após a gravação, voltamos para o hotel e James foi direito para o banheiro tomar banho, vou para a varanda e me sento na espreguiçadeira observando o pôr do sol na praia pensativa.  Enquanto estava ali sozinha, repassava mentalmente as palavras de Laila e tentava encontrar maneiras de conciliar o relacionamento com James e seus objetivos musicais. 

Algumas lágrimas começam a escorrer em minha bochecha, às limpo rapidamente para que James  não me veja assim vulnerável. Fecho meus olhos respirando fundo tentando me acalmar, eu nem tinha notado que estava tão exausta que acabei caído no sono ali mesmo.

Eu comecei a ter pesadelos, as sombras dançavam ao redor de mim, enquanto a figura sinistra de Hanna emergia. Seus olhos transbordavam malícia, e sua voz sussurrava ameaças ao meu ouvido. Eu me via acuada, sem saída, e cada movimento que eu tentava fazer era em vão.

Aterrorizada, buscava por James, meu porto seguro. No entanto, quando o encontrava, seus olhos não refletiam mais o amor que eu conhecia. Em vez disso, eles estavam vazios, indiferentes. Ele se afastava, pronunciando palavras cruéis que cortavam fundo, dizendo que nunca me amou de verdade. A dor que aquelas palavras causavam era insuportável, como se meu coração estivesse sendo destroçado.

— Emily… acorde…

Ouço uma voz me chamar, o que me faz acordar sobressaltada. Com o coração disparado, agarrando-me à realidade. A sensação do pesadelo ainda ecoava, e a linha tênue entre sonho e realidade parecia tênue demais. O alívio ao perceber que era apenas um devaneio de meu breve cochilo era obscurecido pela angústia persistente que permanecia, uma sombra do que meus medos mais profundos poderiam conter.

— Emily, está tudo bem — olhei para James, que estava ao meu lado sentado na espreguiçadeira, observando-me com preocupação — foi apenas um pesadelo.

Ainda com o coração acelerado, as lágrimas ameaçavam brotar novamente. James suavemente pegou minhas mãos, levando-as aos lábios para beijá-las.

— Está tudo bem, já passou — sussurrou ele com ternura, acalmando-me.

Ele me abraçou, e ficamos ali por alguns minutos, sentindo a segurança de seus braços ao meu redor. Olhei para o lado e vi o sol ainda se pondo, pintando o céu de tons quentes e reconfortantes.

— Às vezes os pesadelos podem ser tão reais, né? — comentei, tentando dissipar a tensão.

James assentiu, ainda mantendo o abraço reconfortante.

— Sim, mas estou aqui, Emily. Você não está sozinha.

Agradeci silenciosamente por tê-lo ao meu lado, mesmo que os ecos do pesadelo ainda ecoassem em minha mente. Continuamos ali, observando o entardecer, e aos poucos, a tranquilidade da cena foi se sobrepondo ao turbilhão de emoções que o pesadelo causou. James soltou um suspiro suave, como se quisesse dissipar qualquer vestígio de inquietação.

— Emily, eu me importo muito com você. Se precisar falar sobre o que quer que seja, estou aqui.

Agradeci novamente por sua compreensão e apoio. A presença de James tornava o momento mais leve, e eu sabia que, no fundo, aquilo era mais do que um simples consolo.

Sinto meu celular vibrar indicando uma nova mensagem, mas ignoro, pois queria aproveitar esse momento nos braços de James.

— Bom, já que terminamos as coisas bem mais cedo, e só temos trabalho pra fazer no sábado, pensei em a gente ir para uma casa de uma amiga em Malibu — diz James, me afastei um pouco e olhei para ele.

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