𝑨𝒔 𝒄𝒉𝒂𝒏𝒄𝒆𝒔 𝒏𝒖𝒏𝒄𝒂 𝒆𝒔𝒕𝒂𝒓𝒂̃𝒐 𝒂 𝒏𝒐𝒔𝒔𝒐 𝒇𝒂𝒗𝒐𝒓

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A multidão havia se formado do lado de fora da estação de trem quando Magenta e os tributos chegaram

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A multidão havia se formado do lado de fora da estação de trem quando Magenta e os tributos chegaram. Dahlia supôs que a despedida de Wyatt havia sido emocionante, pois ele estava ainda mais abatido quando ela o viu novamente. Ele não se saiu muito melhor com a horda de pessoas olhando para eles. Mantendo a cabeça baixa, ele deixou que Magenta o empurrasse pela congregação e entrasse no trem. Enquanto isso, Dahlia já havia começado a se comportar como uma voluntária disposta a ajudar. Sorria para as pessoas e as cumprimentava como se estivesse entusiasmada por estar indo, até que acabou sendo coagida a entrar na locomotiva. Seu sorriso se desfez instantaneamente assim que as portas se fecharam e ela passou por Wyatt para entrar no vagão.

A visão do interior a deixou enjoada. A decadência e o luxo da sala a fizeram acreditar que havia entrado no lugar errado. Havia comida exposta, sofás novos que pareciam macios ao toque, talheres de prata reluzentes até onde a vista alcançava. Parecia tão imaculado... Muito limpo. Ela não queria tocar em nada para não quebrar. Sua família não tinha condições de comprar a comida desse quarto, muito menos os móveis.

Dahlia não havia percebido que estava congelada na porta até que Magenta passou por ela.

─ Não sei o que você está pensando. Eles nos deram o mínimo necessário. Quero dizer, os trens do Distrito Um têm lustres. Lustres! E eles são os mais próximos do Capitólio. Eu tenho que me contentar com abajures de prata.─ O homem continuou com suas reclamações sobre como o trem não estava de acordo com os padrões e precisava urgentemente de uma reforma.

─ Você deveria ficar na minha casa.─ Dahlia comenta sarcasticamente enquanto Magenta se empoleira delicadamente na beirada de um assento.

─ Você pode dormir no sofá ou dormir comigo e com minhas duas irmãs.─ Magenta suspira de horror, colocando uma mão no peito enquanto sua boca se abre.─ Você se acostumaria com o ronco.

─ Certamente não ficarei com vocês.─ Magenta proclama com indignação, acenando para os dois tributos se sentarem à sua frente.

─ Especialmente se ela estiver morta.─ Wyatt murmura com tristeza, quase caindo no sofá de pelúcia.

─ Eu pretendo vencer. ─ Dahlia declara apaixonadamente, sabendo que lutará o máximo que puder para voltar para sua família.─ Morrer não é uma opção.

─ Esse é o espírito, querida.─ Magenta sorri, estendendo a mão para dar um tapinha na mão de Dahlia.

Os olhos de Wyatt se estreitam para a garota.

─ É o que todos pensam, até perceberem que não há como nenhum de nós sobreviver a isso. As Carreiras vencerão, como costumam fazer, e o restante de nós acabará morto assim que a contagem regressiva terminar.

Dahlia olha de volta para seu parceiro de Distrito. Ela não se importa com o que ele pensa.

─ Com uma atitude como essa, você já está morto. Esperança é a única coisa que temos, portanto, se não se importar em manter suas previsões para si mesmo, eu agradeceria muito o silêncio.

𝐓𝐇𝐄 𝐁𝐋𝐀𝐂𝐊 𝐃𝐀𝐇𝐋𝐈𝐀, 𝐟𝐢𝐧𝐧𝐢𝐜𝐤 𝐨𝐝𝐚𝐢𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora