❝ Dahlia Blossom. Não se deixe enganar pelo nome. Ela é mais conhecida como a Dahlia Negra. E ela não ganhou esse apelido por sorrir e parecer bonita.❞
❝ Ela sabe mesmo como se apresentar para a câmera.❞
❝ Porque ela sabe como jogar o jogo. Sempre s...
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Uma das coisas mais difíceis que Finnick Odair já teve de fazer foi lamentar a perda de uma pessoa que ainda estava viva. Dahlia estava em algum lugar, ele sabia disso. Mas convencê-la a perceber isso era uma tarefa quase impossível. Ela sempre foi teimosa, mas Finnick costumava ter maneiras de convencê-la. Agora ele tinha que começar do zero e ganhar a confiança dela mais uma vez. O primeiro passo era entrar na mesma sala que ela. Não foi tão fácil quanto se poderia imaginar. No segundo em que ele cruzou a soleira da cela, ela quase quebrou as amarras em sua pressa de se libertar e torcer a garganta dele.
─ Traidor! ─Ela gritou furiosamente enquanto se debatia na cadeira de metal, a palavra ecoando na cabeça dele como uma melodia assombrada.─ Traidor!.
Traidor.
Era assim que ela o via. Alguém que a traiu, a abandonou, a deixou para morrer. Essas foram as mentiras que o Capitólio lhe deu, as palavras que estavam sendo usadas para feri-lo. Ele desprezava Snow por colocá-la contra ele, por usá-la como pouco mais do que uma arma e por encher sua mente com falsas identidades. Porque ele teria se lançado em seu próprio tridente antes de traí-la. Traí-la era uma traição ao seu próprio coração.
Após essa primeira tentativa desastrosa, os médicos insistiram que Finnick permanecesse na sala de observação por enquanto. Ninguém podia prever como a Dahlia Negra reagiria e isso a tornava perigosa. Em vez disso, eles enviaram um homem que ela poderia se lembrar de seu passado. Um homem contra o qual o Capitólio não pensaria em virá-la.
─ Suponho que estou sendo usado como cobaia, então.─Haymitch murmurou em um tom pouco impressionado enquanto se preparava para entrar na sala com um assassino infame.─ Já entendi. Eles realmente não se importam se eu vivo ou morro. Desde que eu morra pela causa.
─ Por favor, Haymitch.─ Finnick implorou desesperadamente ao homem mais velho, que havia sido inflexível ao dizer que ela não saberia quem ele era.─ Você não está fazendo isso pela causa.Está fazendo isso por ela.─ Ele apontou para a cela branca e os dois homens se voltaram para a garota em questão. Suas amarras haviam sido apertadas após a explosão anterior, o que significava que ela mal conseguia mover o corpo ou a cabeça.
A escuridão em seus olhos pouco fazia para ocultar a confusão sobre sua falta de lembranças e os conflitos internos que giravam em sua mente. Apesar de seus esforços, ela parecia quebrada e perdida.
─ Ela não pode viver assim. Ela merece algo melhor.
─ Eu sei, garoto. ─ Haymitch suspirou, dando um tapinha simpático no ombro de Finnick enquanto passava por ele.─ Eu sei.
Parado na entrada da cela dela, ele sentiu os nervos borbulharem dentro de si. Havia uma boa chance de ele não sair vivo daquela sala. Não havia como prever como ela reagiria à sua presença, mas se ela reagisse mal, ele rezava para que os guardas interviessem a tempo. Mas enquanto Haymitch se perguntava se era tarde demais para desistir, ele se lembrou da promessa que havia feito a um velho amigo.