A Amiga Da Nossa Filha (NOVA VERSÃO)

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•ISABELLA•
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No fim das contas acabamos a noite jantando em meus sogros. Íamos apenas buscar Alicia e voltar para casa mas não pude resistir quando vi as delícias preparadas pela família habilidosa do meu marido.

Já estava tarde, nossa filha lutava contra o sono na cadeirinha de segurança, Castiel dirigia pelas ruas escuras e eu tagarelava sobre os compromissos que teríamos no dia seguinte. Estava ansiosa para tomar um banho e capotar na cama.

— Mandei mensagem para Emilly, ela disse que precisou ir até Amanda, não acha que está torturando demais nossa filha? — Perguntei com um leve pesar no peito.

— Eu ia perdoar ela pelo que fez na balada, mas então ela vestiu aquela roupa que não cobre nada e fui obrigado a tomar uma providência.

— Me diz que você não mandou Amanda atarefar a menina só para ela não ir naquela festa — Seu silêncio foi a resposta que precisei — Castiel!

— Não pode me culpar por proteger nossa filha.

— Você não está protegendo, está tendo um ataque de ciúmes.

— Discordo, ela está bem protegida com Amanda e ainda por cima aprendendo uma lição de responsabilidade, coisa que nossa filha precisa — Respirei fundo para não surtar com meu marido bem na frente de nossa caçula que estava quase dormindo — Na verdade eu esperava que ela levasse Estela consigo, será que as duas estão juntas?

— Estela não está com ela, eu perguntei — Detestei a mim mesma por confessar isso.

— Então ela tá sozinha naquela festa — Sua expressão foi de preocupação — E se fossemos lá só para vê se ela tá bem?

— Não, Castiel, você lembra do que a gente conversou? — Queria mesmo saber como ela estava, mas Estela não era nossa obrigação — Talvez ela tenha ido para o campus, Estela é tímida demais para ficar nessas festas sozinha.

Eu preferi acreditar no que dizia, esperava mesmo que Estela estivesse em seu quarto longe dos olhos alheios. Só de imaginar ela com aquela roupa diante de vários desconhecidos sentia vontade de explodir.

Seguimos nosso caminho sem falar mais nada, mas minha mente se manteve inquieta por querer saber o bem-estar da loira.

Viramos em uma rua sem tanta movimentação e muito mal iluminada, não gostava desse tipo de lugar, mas logo estaríamos no conforto de nossa casa. Olhei em volta vendo um grupinho de homens juntos e não dei tanta atenção, não até vê as orelhas de coelho entre eles. A garota parecia assustada e demorei a identificar o seu rosto, mas assim que me adaptei a pouca iluminação meu coração disparou.

— Castiel, para o carro!

— O que?

— Para o carro!

Ele pisou no freio com rapidez e sem nem mesmo deixar o automóvel estacionar, eu desci desesperada. Meu marido me acompanhou e quando entendeu o que estava me deixando aflita vi seu corpo tensionar. Era Estela quem estava no meio daqueles homens.

Não pude pensar muito, minha única reação foi ir até eles e vê a loira se aliviar quando percebeu nossa presença.

— Tem algo de errado por aqui? — Perguntei aos homens que me olharam sem muita simpatia.

— Estamos apenas conversando — O mais rechonchudo disse apagando o cigarro.

— Acho que a moça não tá muito afim de conversar — Olhei para Estela que ainda parecia sem reação.