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•ESTELA•
𓆟 𓆞 𓆝 𓆟 𓆞 𓆝 𓆟 𓆞 𓆝



Os pássaros já estavam cantando assim que o sol apareceu no céu e junto deles eu havia despertado com uma sensação boa.

A noite de ontem tinha sido uma onda de emoções fortes das quais me fez chorar feito criança e depois de tantas lágrimas derramadas finalmente o cansaço bateu. Isabella e Castiel cuidaram de mim, me deram banho, fez um sanduíche do qual acabou sendo vomitado pela madrugada e me colocaram na cama. Dormi tão bem que pela manhã acordei disposta a tudo.

E agora estava perdida vendo os dois descansarem, ou quase isso já que fui pega no flagra observando eles.

— Sabia que é muito estranho ficar olhando para as pessoas enquanto elas dormem? — O moreno falou ainda de olhos fechados. Sua mão estava pousada em minha barriga, passou a noite assim.

— Tô admirando — A íris azul finalmente ficou visível. Ele abriu um sorriso depois de alguns segundos me olhando — O que foi?

— Não foi um sonho — Seus dedos ajeitaram meu cabelo — Você realmente tá grávida.

— Nem caiu a ficha ainda — Olhei para minha barriga que ainda não tinha nenhum sinal de vida.

Isabella se mexeu ao meu lado e quando pousou sua cabeça em meu ombro percebi que estava acordada assim como nós. Sua mão logo se juntou a do marido e os dois alisaram minha barriga.

— Vou amar quando seus hormônios estiverem tão loucos a ponto de você nos atacar a cada dois minutos.

— Isabella! — Repreendi a mulher e ambos riram juntos — Você é uma safada, em um momento lindo como esse a única coisa que sabe pensar é nisso.

— Não vai ser eu a safada quando esse bebê estiver te fazendo subir pelas paredes.

— Se você ficar igual Isabella na gestação de Alicia então ela está certa — Revirei os olhos.

Sentei na cama e olhei ao redor percebendo que finalmente estava matando a saudade que senti desse quarto. Tudo ficou do jeitinho que deixei da última vez.

— O que vamos fazer agora? — Perguntei caindo em um choque de realidade.

— Acho que podemos começar dormindo por mais cinco minutinhos — Bella falou tentando me puxar de volta para cama.

— Tô falando sério, o que nós vamos fazer? Daqui alguns meses vai sair um ser vivo de dentro de mim.

— Bom, primeiro você vai se mudar para cá e vamos poder finalmente acordar todos os dias ao seu lado — Castiel falou se aproximando para beijar minha bochecha.

— E depois?

— Depois a gente se casa, você ganha o bebê e viramos a família perfeita.

— Quem dera fosse tão fácil assim.

— O que têm de complicado? — Isabella perguntou.

— Primeiro temos que conversar com a família de vocês, explicar o que aconteceu entre a gente e saber onde Emilly e Alicia se meteram, as duas sumiram a noite toda.

— Nossa família vai querer nos esganar, daqui a pouco ligamos para Emilly e vamos saber onde ela está, mais alguma coisa? — Ela estava achando tudo muito fácil.

— Como ficará o emprego de vocês?

— Não vamos anunciar isso grandemente, deixe que as pessoas descubram e quando finalmente tiverem comendo nosso juízo então explicamos a todos — O homem falou simplesmente.

— E quanto a minha mãe? — Os dois paralisaram por um breve momento.

— É, com isso nós vamos ter problemas — A morena pareceu cair na real.

— Ela vai matar vocês!

— Claro que não, Penélope nos adora — Castiel garantiu mas ainda assim tinha preocupação em seu rosto.

— Até descobrir que foi por culpa de vocês que estou grávida.

— Nós vamos dá um jeito, nem que seja preciso gritar ao mundo que você é nossa — O homem me deu um selinho — E então vamos ser livres e finalmente passaremos o resto da nossa vida juntos.

— Como tem tanta certeza que vamos ficar juntos para sempre?

— Porque você é destinada a nós — Isabella falou beijando meu pescoço — Porque somos seus — Ela foi descendo — Porque te amamos, coelhinha.

A morena tirou minha blusa e vi que as coisas pularam de fofas para quentes demais, antes mesmo de poder raciocinar meus seios estavam sendo desejados por eles.

— Como não percebemos antes? Olha como eles estão diferentes — Castiel falou parecendo fascinado com o que via.

— Não estão — Seu riso baixinho veio acompanhado de um beijo.

Ele me deitou na cama e cobriu meu corpo com o seu de um jeito delicado como se tivesse medo de machucar minha barriga. Assim que largou meus lábios percebi seus olhos cobertos de água.

— O que foi?! — Perguntei segurando seu rosto com minhas mãos.

— Nós vamos ter um filho.

— Vamos.

— Vou ter a honra de ser pai de uma criança que você gerou, Estela — As palavras me pegaram de surpresa — Vou ter o privilégio de chamar as duas de esposa — Até mesmo Isabella pareceu se surpreender.

Castiel foi tomado de emoção e sua forma de se expressar foi revisando beijos por nós duas, demonstrando todo carinho que sentia pela gente. Não só carinho, mas amor, o homem a nossa frente não era apenas fascinado pela gente, ele nos amava com toda intensidade que podia.

E quando deixei que os dois, pela primeira vez, me tomassem grávida, então finalmente senti algo se despertar em mim, algo que não cabia no peito, algo que me fez sentir da mesma forma que Castiel se sentia. Eu os amava, finalmente poderia dizer com todas as letras e a Estela de catorze anos estaria em choque se soubesse que estava gerando um filho graças a eles.

Todo o medo e insegurança não se desfez, mas aliviou, porque finalmente havia entendido que não estava sozinha naquilo, que o nosso amor era certo e que o filho que teríamos jamais poderia dizer que não era amado. Tudo se encaminhava para a felicidade.

A Amiga Da Nossa Filha (NOVA VERSÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora