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•ESTELA•
𓆟 𓆞 𓆝 𓆟 𓆞 𓆝 𓆟 𓆞 𓆝



Passar dois anos longe da minha mãe fez com que eu sentisse uma saudade absurda dela. Confesso que por várias noites a única coisa que eu queria era deitar em sua cama e receber um gostoso cafuné, e depois de um bom tempo separadas finalmente tivemos esse momento.

Os dias passaram rápido e depois de uma semana cheia de provas, finalmente tinha chegado as férias de meio de ano. Desde que me acomodei não havia ficado tempo o suficiente com minha mãe, por isso como combinado passei duas semanas com ela.

Tivemos momentos incríveis juntas, onde rimos, conversamos e falamos sobre o tão polêmico assunto que era meu pai. E mesmo tendo todos esses momentos, ainda assim arranjei tempo para me distrair pensando naqueles dois.

Eu não deveria me apegar, sabia disso desde o início, mas não pude deixar de ter um pingo de esperança quando vi a forma que os olhos deles brilharam de tristeza quando cogitaram a idéia de me perder. Era besteira repassar essa imagem na cabeça, mas não podia negar que tinha algo nisso que me fazia ter um palpitar diferente no coração.

Enfim, essas duas semanas tinham sido uma tortura por não conseguir vê eles, uma tortura que agora acabaria.

Juntei tudo em minha pequena mala e fui até a sala para encontrar minha mãe. Ela me olhou com um sorriso no rosto e vi uns resquícios de tristeza nas pupilas.

— Tá tudo pronto, já posso ir.

— Têm certeza que não quer ficar mais um pouquinho? Só por mais alguns dias — Penélope veio até mim mas ela sabia a resposta.

— Eu queria — Nem tanto — Mas prometi isso a Emilly.

Amava minha mãe de verdade, só que não aguentava mais um dia de yôga antes do café da manhã, incensos pela casa e a falta que estava de Isabella e Castiel. Já tinha matado toda a saudade da minha mãe.

— Aquela menina está me roubando você — Ri da palavras dela.

A mulher que era bem alta, se aproximou de mim e envolveu seus braços por minha cintura dando um abraço firme e gostoso. Tá legal, talvez eu fosse sentir mais umas pontadas de saudade.

— Obrigada por esses dias, querida.

— Eu que agradeço, mamãe.

— Não esqueça de mim, se cuide e tenha ótimos estudos — Ela se afastou e me deu um beijo na bochecha — Mande notícias.

— Pode deixar.

Penélope me abraçou mais uma vez e me manteve em seus braços por mais alguns minutos. Quando nossa despedida finalmente acabou, ela abriu a porta e deixou que eu saísse sozinha. Fui até o elevador e esperei ansiosamente até que ele completasse sua rota, quando as portas finalmente se abriram meu sorriso se alargou.

Emilly correu até mim e me agarrou com tanta firmeza quanto minha mãe. Estava feliz em vê ela, mas naquele momento a única coisa que consegui reparar foi nos rostos de seus pais, os olhos eram tão hipnotizantes.

— Pensei que levaria mais um século para se aprontar! — Minha amiga se afastou e roubou toda atenção.

— Desculpa a demora.

— Não me importa, vamos logo para casa, meus pais já me infernizaram essas semanas todas, estavam mais carentes que o comum.

— Emilly! — Isabella a repreendeu mas a garota ignorou.

Ela reclamou por mais um tempo de seus pais carinhosos demais e finalmente se calou. Olhei para as duas figuras que verdadeiramente me importavam. A morena foi a primeira a me abraçar.

A Amiga Da Nossa Filha (NOVA VERSÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora