A Amiga Da Nossa Filha (NOVA VERSÃO)

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•ESTELA•
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Eu relutava muito para que minha cabeça não fosse direto aos meus dois problemas mais recentes, mas era difícil manter isso quando a única coisa da qual pensava era em como beijar eles foi bom.

Sempre tive um olhar de admiração quando se tratava de Isabella e Castiel, eles conseguiram criar uma criança com tão pouca idade, conseguiram recursos para viverem bem o resto da vida, lutaram para conseguirem chegar onde estavam, em minha cabeça eles dois eram deuses inalcançáveis.

Mas então eu conheci o outro lado deles, o lado em que Isabella era possessiva e arrogante, o lado em que mostrava a sensibilidade de Castiel até mesmo ao beijar. Como eles ousaram me pedir para esquecer isso?

Respirei fundo e me obriguei a continuar minha cabeça onde deveria, na festa, com minhas amigas e mais outros adolescentes imprudentes.

Emilly não pode vir, a coitada estava presa no escritório trabalhando com Amanada, mas não deixou de mostrar surpresa quando soube que tomei a iniciativa de participar de um evento como esse. Confesso que depois que o calor do momento passou, até reconsiderei desistir de participar da festa, mas Morgana me puxaria pelos cabelos se eu não viesse.

Voltei ao meu atual momento e vi a garota de cabelo rosa falando, eu nem tinha ideia de qual era o assunto da conversa.

— Mas então minha irmã conseguiu diminuir o fogo e no final ficamos sem janta, porém nossa casa continuou em pé — Tentei me recordar das palavras anteriores.

— Estão todos bem? — Perguntei lembrando que ela dizia algo sobre ter queimado alguma comida.

— Sim, minha mãe estava dormindo no quarto e meu pai tinha saído, mas isso não impediu que a gente levasse uma bronca — Nós duas rimos e senti minha cabeça voltando aos eixos.

Eu gostava da companhia de Catarina, ela era divertida, não me pressionava em nada e muito menos me dizia para esquecer as coisas. Já deveria está entregue a ela, então por que ainda sentia que algo me impedia de avançar?

— Tá tudo bem? Você parece estranha, coelhinha — O apelido foi um soco em meu estômago.

Minha companheira passou a me chamar assim desde que soube da fantasia que usei naquela festa, não expressei nada em questão a isso, mas confesso que algo em mim achava errado escutar o nome em sua voz, não se encaixava com ela.

— Primeiro que já achei bem esquisito você me chamar para uma festa, até onde eu sei você detesta esse tipo de coisa.

— Tá tudo bem sim — Ela não pareceu acreditar nas minhas palavras.

— Estela, pode falar comigo se quiser — Seu sorriso foi reconfortante.

Depois de todo aquele episódio com os pais da minha amiga, eu fiquei pensativa sobre algo que estava me tirando minha paz nesses últimos dias. Não seria ruim perguntar diretamente ao problema.

— O que nós duas somos? — Falei de uma vez vendo ela se surpreender — Desculpa se fui muito direto, é que eu preciso saber se somos exclusivas uma da outra, ou se é só diversão.

— Bom, eu achava que era cedo demais para isso — Vi um resquício de culpa em seus olhos azuis — Estela, quero ser sincera com você, por isso não se chateia comigo, mas eu fiquei com uma garota na semana passada, não sabia que a gente era...

Meus ouvidos pararam de escutar no momento em que ela tocou no assunto de ficar com outra garota. Se eu estivesse nos meus dias mais normais isso me deixaria chateada porquê eu provavelmente já estaria apegada a Catarina. Mas não foi o que aconteceu, na verdade eu estava feliz até demais.